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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Prioridades e pobreza

 

Agora que as moções partidárias e os congressos com vista 'a preparação das eleições irrompem como cogumelos depois das chuvas, conviria notar que a prioridade política em Portugal tem que ser a luta contra a pobreza, sobretudo a pobreza nos meios urbanos e das famílias com crianças por educar. Muito especialmente neste ano de grande crise económica.
 
O resto e' conversa de políticos que não têm os pés assentes na terra, como infelizmente e' a norma em Portugal. Mais, muitos dos nossos dirigentes não compreendem, nem nunca souberam, o que e' ser pobre num país como o nosso. São da classe média provinciana, ou da grande burguesia, ou então vivem com a mentalidade de funcionário burocrático, que e' tão típica das nossas gentes. Estão, e estiveram sempre,  desligados das pessoas que sofrem para sobreviver o dia-a-dia.
 
Como não se pode resolver tudo ao mesmo tempo, a definição das prioridades devera' ser uma preocupação fundamental dos senhores que se dizem líderes.
 

O colapso dos pobres

O Secretário-geral das Nações Unidas considera que existe um risco muito sério de colapso dos sistemas bancários em certos países emergentes e em desenvolvimento, se a crise financeira internacional não for controlada nas próximas semanas.

 

A maioria dos países menos desenvolvidos não tem recursos financeiros suficientes para responder 'as dificuldades de tesouraria e de capitais dos seus bancos, e o FMI não será capaz de responder aos diferentes pedidos de ajuda que surgiriam nessa altura.

 

Se assim vier a acontecer, muitos dos ganhos em matéria de luta contra a pobreza irão pura e simplesmente por água abaixo. Abrir-se-á igualmente uma nova página na história da crise actual, que passara' então a ser verdadeiramente global.

Dois discursos, um certo pessimismo.

 

Num dos casos, temos uma liderança cansada, que espera apenas que o fruto do governo acabe por apodrecer e tombe da árvore. E’ a política do saber esperar, nada mais, apanhar o bastão do poder apenas por motivos de cansaço. Como digo muitas vezes, não são os partidos da oposição que ganham as eleições, mas os do governo que as perdem. E então, não resta outra solução senão convidar  o chamado partido da alternância a tomar conta da administração.
 
Tudo muito rotineiro, sem genica nem capacidade para tirar o país da cepa torta.
 
No outro caso, a justeza de certas reivindicações sociais, tem que se reconhecer. Mas sem alternativa, um pacote de propostas muito virado para o passado. A linguagem de outrora a reflectir um mundo que já passou. Faz um bocado de pena. E traduz bem o desespero de alguns dos nossos concidadãos, que não conseguem sair das dificuldades sociais em que se encontram. Dificuldades que são cada vez maiores. E que dizem respeito a um número crescente de cidadãos.
 
Uma vez mais aparece a imagem de um beco económico, social e político. Sem saída, como todos os becos.
 
Estamos um bocado num pântano, como diria certo presidente francês, há um ano atrás. Falava da França, e' verdade. Que diria se conhecesse a situação em que os portugueses se encontram?
 

Crise económica e política nas relações internacionais

 

‘A Margem do G8
Victor Ângelo
 
 
Esquecendo o espectáculo e as manifestações habituais, as promessas que se repetem sobre a luta contra a pobreza ou as alterações climáticas, a cimeira anual do G8, que este ano decorreu no Japão, convida-nos a reflectir sobre quatro questões que não podem ficar esquecidas.
 
Em primeiro lugar, temos que reconhecer que a economia internacional esta’ a viver um processo acelerado de mudança estrutural, que se tornou particularmente nítido nos últimos dois anos. O exemplo mais flagrante tem que ver com os aumentos muito significativos dos preços das matérias-primas, sobretudo do petróleo, e dos cereais. Os níveis actuais de preços, que subiram nos meses recentes com uma rapidez nunca vista em períodos de paz, vão manter-se. A tendência e’, aliás, para que continuem a aumentar. Este facto exige ajustamentos de fundo, sobretudo nas economias mais desenvolvidas, que são a espinha dorsal do G8. Já não se trata de um puro problema inflacionário, mas sim de um fenómeno com implicações sistémicas, que necessita de transformações de longo fôlego. No curto prazo, será necessário fazer frente a situações sociais de grande gravidade, e não apenas nos países menos desenvolvidos. A própria Europa, sobretudo a periferia pouco sofisticada a que Portugal pertence, vai conhecer um novo tipo de pobreza. Para muitos de nós, cheira a crise.
 
Temos, em seguida, a questão das economias emergentes e do peso que passaram a representar nas relações económicas internacionais. Não são apenas os casos mais falados da China, que se tornou a terceira potência económica mundial, e da Índia, que se esta’ assentar a sua transformação no conhecimento tecnológico e na formação cientifica. Há todo um conjunto de novos actores económicos, alguns dos quais foram convidados para almoçar em Hokkaido. Para se perceber melhor a sua importância crescente, basta ter presente que nos últimos dezoito meses houve uma transferência adicional de recursos financeiros dos países consumidores de petróleo para os produtores na ordem dos quatro triliões de dólares. Pode dizer-se, simplificando, que a capacidade produtiva e comercial está de um lado e o poder de compra está do outro.
 
Em terceiro lugar, as economias, e por isso, também as políticas, estão hoje mais interdependentes. Mas a globalização tem novos contornos. Significa, por exemplo, que a economia americana se encontra dependente, de um modo vital, da importação de capitais estrangeiros, que compensem a falta de poupança interna. Ou ainda, que a Europa já não consegue crescer se não houver prosperidade e estabilidade nos países para onde exporta uma parte importante da sua produção. Ou que a China entraria em contracção se as barreiras alfandegárias nos mercados de destino se tornassem intransponíveis. Com a interdependência está a aparecer, nas populações dos países mais desenvolvidos, um clima de receio. As pessoas, habituadas a um nível de vida que agora parece estar ameaçado, têm medo do futuro, da globalização, do resto do mundo, dos grandes espaços económicos e políticos, da emigração. Dos outros, simplesmente. Há, cada vez mais, um fechar-se sobre si próprio, ao nível nacional ou local.
 
Finalmente, todas estas questões levantam o problema fundamental do funcionamento desajustado das instituições internacionais. A reforma das estruturas que gerem as relações entre os estados e’ cada vez mais urgente, para que se tenham em conta as novas realidades. O Conselho de Segurança das Nações Unidas, os organismos financeiros globais, em especial o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, a Organização Mundial do Comercio, as estruturas ‘a volta da União Europeia, as agências de ajuda ao desenvolvimento, são elementos de uma rede institucional internacional que não consegue encontrar respostas para os desafios que o mundo do Século XXI enfrenta.
 
 
 
 
 
 
 
 

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