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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

A estratégia americana

Analistas de política internacional continuam hoje a dizer que Donald Trump “não tem a mínima estratégia para a Síria”.

Penso que é uma leitura errada. A minha análise é outra.

O elemento fundamental da política americana na região da Síria e do Iraque assenta no combate aos terroristas do Estado Islâmico. Isso significa a continuação do apoio às forças armadas do Iraque e, na Síria, aos curdos e outros grupos aliados.

Os russos sabem que assim é e estão satisfeitos com a opção tomada em Washington.

O resto é teatro.

Mas também é um facto que o Presidente americano parece ter decidido seguir de um modo mais disciplinado as recomendações de estratégia internacional formuladas pelo Conselho Nacional de Segurança. Isso mostra o poder crescente e a capacidade de liderança do General Herbert McMaster, que lidera esse Conselho. McMaster é um militar com uma carreira brilhante, opiniões claras e um grande sentido de estratégia. Conseguiu não só afastar do CNS o louco que é Stephen Bannon como afirmar a sua autoridade e a dos principais dirigentes das áreas da defesa e da inteligência.

Podemos não estar de acordo com as opções tomadas. Mas aqui há agora um pensamento estruturado. Resulta de uma mudança do processo decisório no seio do CNS e do peso que esta estrutura da Casa Branca ganhou em matéria de política externa, sobretudo nos casos de conflitos de maior importância para os EUA.

E há também um certo entrar nos carris do comportamento público de Trump em matérias deste tipo. A personalidade que o define poderá levar a descarrilamentos. Mas, no essencial, o Presidente está a perceber que nestas coisas do poder há que jogar com base nas recomendações vindas das instituições e de quem sabe.

Andam fascistas pelas cidades e aldeias

Os partidos da extrema-direita europeia sentem-se animados. Acham que as vitórias do Brexit e de Donald “Adolf” Trump são reveladoras de uma dinâmica tipo avalanche, que irá levar outros extremistas ao poder. Olham para as próximas eleições, na Holanda, França e Alemanha, e já vêem os seus no poder. Foi esse aliás o ambiente que se viveu em Koblenz, na reunião dos fascistas europeus que aí teve lugar. Curiosamente, são todos muito nacionalistas, mas isso não os impede de se aliarem, na busca da conquista do poder. Unidos hoje, em guerra amanhã, poderia ser o seu mote de campanha. Tudo em nome do povo, como conceito mítico, capaz de enganar os tolos e de mobilizar os caceteiros do patriotismo.

Perante isto, digo uma vez mais que a luta que temos pela frente, em vários cantos da Europa, é um combate sem tréguas e sem papas na língua contra os fascistas. Koblenz recorda-nos isso hoje, tal como o discurso inaugural de Trump o fez ontem.

 

Um desafio gigantesco

O discurso de tomada de posse de Donald Trump foi bem arquitectado mas não trouxe nenhuma novidade. O acento tónico apareceu, como seria de esperar, na constante referência, directa ou indirectamente, aos interesses americanos. Confirmou uma opção política profundamente nacionalista e uma visão do mundo sem concessões, baseada numa linha de política internacional em cada um terá que tratar de si. Voltamos à soberania concorrencial de cada Estado, ao jogo de interesses, deixando de lado as preocupações comuns. Cada país terá que se desenrascar, se puder.

Perante uma escolha desse tipo, a União Europeia só tem uma hipótese, se quiser negociar em pé de igualdade com os americanos: falar a uma só voz, de modo unido e coerente. O que não será fácil de conseguir, acrescente-se de imediato. Sem esquecer que Donald Trump não estará particularmente interessado numa Europa unida. Mais ainda, pelo que se sabe, não acredita na viabilidade da UE.

Vamos ter muitos problemas pela frente.

 

Natal e Davos

Antes de fechar as portas por motivos de Natal, tentei hoje entender o que irá ser discutido no Fórum Económico de Davos, a partir de 17 de janeiro.

Como é sabido, Davos atrai, cada ano, uma boa parte da elite política, financeira, económica e académica mundial. Nesta próxima edição, vai ter como estrela o presidente da China, Xi Jinping. O que é significativo: a liderança chinesa quer posicionar-se na linha da frente no que respeita aos grandes debates económicos e sociais sobre o futuro.

O que que me faz voltar à questão da agenda.

E a verdade é que não entendo bem onde se quer chegar com o programa proposto. Os temas são abstractos, pouco claros, cheios de palavras grandiosas, enfim, uma maneira de falar que ninguém entende. Ora, isto para quem se diz preocupado com a distância que continua a aumentar entre as elites e os cidadãos…

A conversa da agenda mostra bem esse fosso. E não irá certamente contribuir para o lançamento de pontes entre ambos os lados.

Pena, porque a questão das elites é uma das grandes interrogações que precisa de ser debatida com urgência. Como Donald Trump e outros do género nos lembram diariamente.

Enfim, vamos, para já, fechar para as festas. Um bom Natal a todos.

Escrevendo sobre Vladimir Putin

Um vizinho inconveniente

Victor Ângelo 

 

Nos últimos anos, na altura de fazer o balanço político da dinâmica internacional, Vladimir Putin tem repetidamente aparecido como uma das personalidades mais influentes.

Assim está a acontecer, de novo, neste final de 2016. E não é apenas ao nível da prestigiante revista Forbes, que voltou a considerar Putin, pela quarta vez consecutiva, como o líder mais poderoso do globo. A situação na Síria, as alegações de ciberespionagem e de interferência nas eleições americanas, a dopagem “patriótica” dos atletas russos, as incursões aéreas e marítimas das suas forças armadas no espaço de defesa da Aliança Atlântica, estas são algumas das grandes questões que aparecem ligadas às opções políticas do patrão do Kremlin. E que têm um impacto profundo nas relações internacionais.

À lista haveria ainda que acrescentar os esforços encobertos e multidimensionais que fazem parte de uma intenção deliberada de enfraquecer e, mesmo, fragmentar a UE. Na visão fantasmagórica de Putin, a Europa unida seria uma ameaça aos interesses e à capacidade de influência geopolítica da Rússia.

Mas a verdade é que a UE, para além das sanções relacionadas com a crise ucraniana, não tem sabido responder de modo coerente e estratégico aos desafios e às manobras de Putin. Nesta área, como em várias outras, a política externa comum precisa de mais coerência, de criatividade e, acima de tudo, de um diálogo mais corajoso e firme entre os estados membros.

Sou dos que advogam que é urgente definir uma política comum que responda às ações hostis que vêm de Moscovo. Essa deveria ser uma das primeiras prioridades da agenda externa europeia em 2017. Sei que não será fácil definir uma moldura que possa ser unanimemente aceite. Mas, apesar dessa dificuldade, é fundamental aprofundar a reflexão e definir uma resposta adequada, com tempo e não em cimeiras a fingir e a correr, à volta de um jantar fora de horas e de gente cansada. 

Essa resposta deverá ter em conta a linha que Donald Trump venha a seguir em relação a esse mesmo assunto. Ter em conta não quer dizer, no entanto, alinhamento. Antes pelo contrário. A Europa deverá ter a sua própria agenda política. Os sinais que nos chegam do outro lado do Atlântico são simultaneamente preocupantes e claros quanto à necessidade de uma posição que seja inspirada pelas preocupações europeias. E que sirva, igualmente, como um exemplo impossível de ignorar em Washington.

A estratégia deve ter como objetivos a promoção do respeito pelas normas internacionais e os princípios de boa vizinhança e afirmar sem ambiguidades que a UE considera como fundamental desenvolver um quadro de cooperação com a Rússia que seja mutuamente benéfico. A Europa quer ter na Rússia um parceiro privilegiado, não apenas nas áreas económicas e comerciais mas também em matérias de defesa e de segurança internacional. Espera, por sua vez, que Moscovo veja vantagens numa Europa unida e capaz de desempenhar um papel ativo no equilíbrio de forças ao nível internacional. Por isso, e perante os factos, acha que a política atual de Moscovo, sob a responsabilidade de Vladimir Putin, não vai no caminho certo nem responde às aspirações e aos interesses de longo prazo das populações europeias e russas.

A partir destas linhas estratégicas, e apesar de conhecermos vários exemplos de negociações com representantes de Putin que não têm levado a parte alguma, convém insistir no diálogo. Quem advoga que se cortem as pontes com o Kremlin está equivocado. Os conflitos resolvem-se com paciência, persistência e muita conversa com os adversários. Mas isto não chega. Será ainda necessário enveredar por uma comunicação mais esclarecedora e coerente, que denuncie, junto dos cidadãos europeus e russos, as práticas que consideramos inaceitáveis. O futuro comum, o deles e o nosso, exige, para além do diálogo, que se ganhe a batalha da opinião pública.

 

(Texto que hoje publico na Visão on line)

A nossa resposta a Vladimir Putin

Nos últimos anos, na altura de fazer o balanço do ano que termina, Vladimir Putin tem repetidamente aparecido como uma das personalidades mais influentes na cena internacional.

Assim está a acontecer, de novo, neste final de 2016. A situação na Síria, as eleições americanas e as alegações de ciberespionagem e de interferência, o doping “patriótico” dos atletas russos, as incursões aéreas e marítimas das suas forças armadas no espaço geoestratégico da Aliança Atlântica, estas são algumas das grandes questões que aparecem ligadas às opções políticas do patrão do Kremlin. E que têm um impacto profundo nas relações internacionais.

Para além das sanções relacionadas com a crise ucraniana, a UE não tem sabido responder de modo coerente e estratégico aos desafios e às manobras assinadas por Putin.

Sou dos que advogam que é urgente definir uma posição política comum que responda às acções hostis que vêm de Moscovo. Sei que não será fácil definir um quadro que possa ser aceite por todos os aliados. Mas, apesar dessa dificuldade, é fundamental aprofundar a reflexão e propor uma resposta adequada.

Essa resposta deverá ter em conta a linha que Donald Trump venha a seguir em relação a esse mesmo assunto. Ter em conta não quer, no entanto, dizer alinhamento. Antes pelo contrário. A Europa deverá ter a sua própria posição política. Os sinais que nos chegam do outro lado do Atlântico são claros quanto à necessidade de uma resposta que seja inspirada pelos interesses europeus. E que sirva, igualmente, como um exemplo que não possa ser ignorado em Washington.

 

Começa a época dos balanços

Terminada que está a minha última viagem de um ano de muitas viagens, começa agora o período dos balanços. E, em certa medida, a preocupação é a de encontrar o ângulo positivo das coisas.

Não será fácil. Mas não é uma luta perdida.

Em termos da cena internacional, tem sido um ano de muitas decepções políticas e de grande instabilidade geoestratégica. Em termos mais terra a terra, foi um período de grande sofrimento para muitos, no Médio Oriente, no Norte de África e no Sahel, no Afeganistão e noutros sítios. Aqui, mais perto da nossa porta, foi mais um ano de crise na Ucrânia e no Mar Mediterrâneo, entre os imigrantes e os candidatos ao refúgio. Foi igualmente um tempo em que virou moda atacar o projecto europeu e botar as culpas em cima de Jean-Claude Juncker e de Donald Tusk.

Acabou, acima de tudo, por ser o ano de Donald Trump e o que isso significa em termos de agravamento das intolerâncias nos EUA e das tensões internacionais.

Para além de tudo isto, 2016 surgiu como um período que nos deixa uma enorme interrogação: qual deve ser o nosso desempenho público, que papel assumir, enquanto parte da Europa privilegiada e da elite que tem beneficiado da globalização das relações internacionais?

De imediato, a maneira positiva de ver essa interpelação deve passar pela coragem das opiniões expressas, pela continuação da luta pelo progresso social de todos os que o procuram e pela defesa dos direitos humanos e de liberdade de cada um de nós. Mais ainda, há que estar atento para não se cair nem no pessimismo que nos fecha os horizontes nem na crítica fácil, cínica e demolidora.

Milhares de palavras difíceis para dizer coisas simples

Quem tem paciência para ler cinco páginas de jornal sobre a ameaça populista? E para que servem essas cinco páginas, quando o populismo extremista está a bater-nos à porta?

Há aqui um certo desnorteio.

Nestes tempos, como Donald Trump nos mostrou, para nossa infelicidade, o poder conquista-se com uma bateria cerrada de “tweets”. Com 140 caracteres por mensagem. O resto é conversa para as elites e para uma meia dúzia de fiéis. Nada mais. Não tem qualquer impacto sobre o povo eleitor e dá novos argumentos aos extremistas, que não se cansam de repetir que as elites políticas estão completamente divorciadas do cidadão comum.

 

Sobre Trump, a Europa e nós

Tempos de destemperos

                Victor Ângelo

 

 

                Donald Trump pode ser uma aberração no panorama político norte-americano, mas não é antissistema. Antes pelo contrário. Mexe-se bem dentro do sistema, sabe tirar vantagem das oportunidades e dos buracos legais. É a favor, até ao tutano e sem escrúpulos, do capitalismo liberal, puro e duro. Exploratório. Quando fala de uma América “grande de novo”, está a dizer que o Estado deve criar mais oportunidades de negócios para os grandes interesses económicos e pôr em prática regimes protecionistas que dificultem ou impeçam a concorrência vinda do estrangeiro. A conversa sobre a promoção de empregos foi propaganda eleitoral. Na realidade, Trump representa o grande capitalismo empresarial. De modo confuso e imponderável, inevitavelmente, por falta de experiência política mas também porque a demagogia resulta sempre numa caldeirada de contradições. É por aí que o gato pode ir às filhoses e a sua política económica conduzir ao fracasso.

                Como muita gente, não creio que o novo presidente esteja à altura das responsabilidades do cargo. Vi o último debate entre ele e Hillary Clinton: a noite comparada com a luz do dia! Trump mal conseguiu articular um ponto de vista, para além de uma meia-dúzia de frases feitas e de umas tantas reações emocionais. Mostrou ter uma visão primária e irrefletida das realidades económicas e das grandes questões internacionais. Mas vai ser o líder da nação mais poderosa do mundo. Um homem com muito poder. Mais ainda por ter o Senado e a Câmara dos Representantes do seu lado, que, em ambos os casos, têm uma das composições mais retrógradas, quando vista à luz da história das últimas décadas. O potencial de retrocesso em termos de valores e de políticas é, por isso, enorme.

                Trump é um líder que não está habituado a ouvir os outros, que passou a vida a decidir por ele próprio, conforme lhe dava na real gana. Vai, no entanto, rodear-se de políticos que sempre estiveram e fizeram vida na política. Ele, que havia prometido “sanear o pântano de Washington”, vai trazer para a linha da frente alguns dos piores ultrarreacionários que existem no circo do oportunismo político americano: Newt Gingrich, Rudy Giuliani, Chris Christie, John Bolton, Bob Corker, Stephen Bannon, etc, etc. Só falta ir buscar Sarah Palin ao Alaska, o que poderá, aliás, acontecer.

                Promessas, em política, valem o que valem, é bem verdade. Todavia, no caso presente, haverá que estar atento. Creio que Trump procurará levar avante várias das ideias que prometeu. Poderá ser um erro pensar que essas promessas se tratavam de meras artimanhas eleitorais. É verdade que acabará por deixar cair uma ou outra mais absurda, como por exemplo, a interdição de acesso aos Estados Unidos de muçulmanos. Manterá, porém, muitas das outras, com ou sem grandes retoques.

                Para a Europa, a presidência Trump vai ser um grande desafio. Mais um, na pior altura. Já tínhamos Vladimir Putin, Recep Erdogan, Theresa May, e ainda Viktor Orban, Marine Le Pen, Geert Wilders, Frauke Prety, e as cabeças confusas que se arrastam por Bruxelas. Sem esquecer, claro, as crises dos refugiados, dos imigrantes e as resultantes das nossas divisões nacionalistas. Passamos agora a ter mais um quebra-cabeças de monta, Trump, que, ainda por cima, se vai certamente aliar aos britânicos e ajudar a transformar o Brexit num carrossel barulhento, desnorteado e desconjuntado. Ou seja, os tempos que aí vêm não nos podem deixar descansados.

 

(Texto que hoje publico na Visão on line)

               

 

 

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