Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

Trocas desastrosas

A discussão sobre os SWAPS já cansa. E ainda não se discutiu o essencial, que é o de saber que razões estiveram na base das decisões, tomadas em 2008 e sobretudo em 2009, de recorrer a SWAPS, em condições francamente desfavoráveis para as empresas públicas e muito vantajosas para os bancos estrangeiros que as incentivaram.

 

Sem esquecer que em muitos casos se trocou – “ to swap” quer dizer trocar – ingenuidade nacional por manha, que os operadores internacionais em questão eram – e são – muito sabidos nestas coisas.

 

Os negócios dos partidos

Vossas Excelências propõem a criação de um “Banco de Fomento”? Do tipo Caixa Geral de Depósitos, para financiar projectos sem asas nem hipóteses de serem rentáveis? Projectos dos amigos do partido e das cliques que vos rodeiam, como foi o hábito nos últimos vinte anos, em relação aos vários partidos de governo?

 

Projectos nos quais o sector privado não quer arriscar o seu próprio capital? Projectos que não conseguem financiamento nos mercados, por serem ideias coxas?

 

Disseram “Banco de Fomento”? Numa altura em que o imperativo é reduzir o número de bancos? E tirar o Estado dos negócios, que devem ser a responsabilidade do sector privado, nos momentos de ganho e também nos de perdas?

 

E o capital para constituir esse “Banco” virá donde? Dos impostos? De obrigações públicas?

 

Não acham que é uma ideia de outros tempos, quando o Estado era considerado um actor metido em negócios? Não se tratará de uma visão virada para trás e não para o futuro?

 

Quem vos anda a meter estas coisas na tola? 

Caixa Geral de Depósitos de Amigos dos Partidos

Voltando à questão dos bancos, penso que é melhor privatizar completamente a Caixa Geral de Depósitos – que poderá valer, se valer, 3 000 milhões de euros – do que utilizá-la para financiar projectos sem nexo, como campos de golf em Espanha ou empreendimentos turísticos em Rio Maior que não vendem sequer três lotes, apesar da Caixa ter emprestado a gente influente 50 ou 60 milhões. Projectos que só dão prejuízo, mas que enriquecem os seus promotores, e que acabarão por ser pagos por todos nós.

 

É igualmente melhor encaixar o dinheiro da sua privatização que ter os partidos no governo a servir-se da CGD como parque partidário de pastagem.  

 

Não será?

Fugir dos bancos como o Diabo da cruz

A emissão de acções que um dos bancos da nossa praça tem a decorrer, ao preço de 1 cêntimo por acção, vem lembrar-nos várias coisas.

 

Uma delas é que um cêntimo pode ser um valor demasiado alto. Pode levar, para quem investir nessa compra, a perdas significativas.

 

Outra, tem que ver com a intervenção do Estado nesse banco. Tratando-se de um banco com um interesse nacional insignificante, o financiamento público é difícil de justificar. Vai certamente acarretar sérios prejuízos para o Estado, quer dizer, para os contribuintes.

 

A terceira observação é que existem bancos em demasia, quer em Portugal quer na União Europeia. Só na zona euro, contam-se mais de seis mil bancos, o que é manifestamente exagerado.

 

Muitos desses bancos estão numa situação periclitante. Dizia-me, na semana passada, alguém que conhece bem o sector que, no caso de Portugal, vários bancos estão com as portas abertas apenas para fingir que ainda estão no mercado. Na realidade, as suas oportunidades de negócios são mínimas e de fraca remuneração.

 

Uma quinta nota diria que quem acredita que se irá avançar para a união bancária, nos próximos tempos, também será capaz de acreditar no conto da Cinderela. A união bancária pressupõe, entre outras coisas, transparência sobre a saúde financeira dos bancos. Ora, aqui e noutros sítios, até na Alemanha de tantas virtudes, como diria o outro, o poder político não quer que se saiba com clareza o que se passa com o sector bancária. Uma das coisas que tira o sono aos políticos é o pesadelo de uma corrida às caixas, para retirar os depósitos.

 

E muito mais haveria para dizer…

 

Os amigos dos bancos privados

O governo britânico é um grande amigo dos bancos ingleses. Não existe, na UE, uma administração que tenha gasto tanto dinheiro dos contribuintes como a de Sua Majestade.

 

Embora seja difícil de ter uma ideia clara dos números, a verdade é que o dinheiro dos contribuintes britânicos tem sido generosamente utilizado para salvar os bancos do país. Desde 2008, pelo menos 82,9 mil milhões de Euros foram despendidos pelo governo em diversas intervenções de recapitalização dos bancos privados da Grã-Bretanha. 

 

Por outro lado, a impressão de moeda pelo Banco da Inglaterra -- 50 mil milhões de libras há três dias, a terceira vez em dois anos -- tem beneficiado acima de tudo o sistema bancário privado. 

Exemplos

Ontem escrevi que o país se estava a transformar num manicómio. Paulo Rangel, o eurodeputado do PSD, deve ter pensado que deveria ilustrar a minha conclusão e saiu a público, para propor a criação, veja-se bem, de um instituto que ajude os portugueses a emigrar. Claro que não estranhei a proposta, já que o homem, como sempre, já é habito, pensou que não devia ficar atrás de outros loucos que por aí andam. 

 

O mesmo acontece agora com os maquinistas da CP. A companhia está na falência. Os ditos trabalhadores resolvem fazer três dias de greve, em cima do Natal, mais um dia de greve no Ano Novo. Vai ser preciso abrir uma ala suplementar no hospício, para acomodar esta gente toda.

 

Quem não anda desnorteado é o Banco Central Europeu. Fez o que deveria ter feito há tempos, mas mais vale tarde do que nunca. Colocou 489 mil milhões de euros nos bancos europeus, com um juro de 1%, para começar, por um período de três anos. Ou seja, veio dar resposta a uma questão fundamental que é a falta de liquidez nos bancos comerciais.

 

É de esperar que esse dinheiro seja utilizado para financiar a economia real. Seria um erro gastá-lo em obrigações do tesouro. Há que estar atento, pois esse risco existe. 

Um vendaval

Anda por aí muita gente com os nervos à flor da pele. Nomeadamente, quem compra e vende nas bolsas de valores. A agitação não é boa conselheira. Quem anda nervoso reage de modo desmedido. Toma como factos simples rumores. 

 

Desta vez, um jornal inglês, conhecido pelas suas histórias exageradas, o Daily Mail, publicou, na sua edição de domingo, uma nota que dizia que o banco francês Société Générale estava com dificuldades de solvência. Esta falsa notícia chegou aos floors das bolsas hoje de manhã. Fez perder à SG cerca de um quarto do seu valor, provocou pânico, por toda a parte, e motivou uma reunião de urgência do governo de Paris. 

 

Entretanto, perto do fim do dia, o Daily Mail publicou um lacónico pedido de desculpas, uma linhas a dizer que lamentava a falta de veracidade da sua peça anterior.

 

É tempo de introduzir alguma lucidez no sistema económico internacional. Como também já vai sendo altura de punir quem invente boatos que ponham em causa a estabilidade do sistema. 

 

 

Erros, pouco movimento e a fuga para fora

Tentei proceder a um pagamento com o cartão multibanco, num restaurante. Por duas vezes, o sistema disse-me que havia erro. À terceira, resolvi pagar em dinheiro contado.

 

Decidi, depois, passar pelo meu banco. As duas operações "com anomalia" haviam, bel et bien, sido debitadas na minha conta. Ainda bem que fui controlar. Fiquei a pensar que isto deve acontecer a muita gente e uma boa percentagem nem se apercebe do problema.

 

Foi, também, interessante ver como as duas funcionárias do banco, que não estão ao balcão, mas sim sentadas à frente de secretárias, tinham tempo para atender pequenas coisas. Ou seja, fiquei, uma vez mais, com a impressão de que a minha agência, como muitas outras, pouco movimento tem, de momento, para além do balcão, das operações simples. 

 

Talvez tenha sido por isso que o Ministro da Economia disse, em sede parlamentar, à mesma hora, que se as coisas não mudam vamos todos acabar emigrados. Só espero que o cartão funcione, na altura, quando se tratar da compra do bilhete de ida.

Entendimentos

Deve haver por aí alguém que entende a razão que faz a Caixa Geral de Depósitos passar a ter tantos bosses e tão bem pagos. Eu sou dos que não entendem e que acham que isto é um mau indicador de outras coisas.

 

Sou também dos que pensam que seria bom fazer uma auditoria a sério -e com resultados públicos- à CGD. 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

<meta name=

My title page contents

Links

https://victorfreebird.blogspot.com

google35f5d0d6dcc935c4.html

  • Verify a site
  • vistas largas
  • Vistas Largas

www.duniamundo.com

  • Consultoria Victor Angelo

https://victorangeloviews.blogspot.com

@vangelofreebird

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D