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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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De Corbyn ao futuro da social-democracia na Europa

No Reino Unido, a campanha para a liderança do Partido Trabalhista está a chegar ao fim. A votação começa a 14 de agosto e irá decorrer até 10 de setembro. Dois dias depois, saber-se-á o nome do novo líder, que se irá sentar no Parlamento no lugar oposto ao de David Cameron.
Tem sido um período, desde a derrota nas legislativas nacionais de 8 de maio, de grande agitação entre os apoiantes do partido. Há quatro candidatos em liça. O mais radical, Jeremy Corbyn, um deputado com uma longa carreira no Parlamento, hoje com 66 anos de idade, parece estar melhor posicionado para vencer a disputa. Esta hipótese de vitória deixa muita gente surpreendida.
Corbyn sempre foi um rebelde no seio dos Trabalhistas, um solitário fora das estruturas do aparelho. Ao longo de várias legislaturas, votou mais de 500 vezes contra a linha do seu partido. As suas ideias políticas vão no sentido de uma maior intervenção do Estado na economia, de um acréscimo significativo das despesas sociais, da renacionalização dos caminhos-de-ferro e de outros serviços, de uma diminuição significativa das despesas militares da Grã-Bretanha e de uma fiscalidade elevada em relação aos rendimentos mais altos. Tem mostrado, ao longo da sua vida pública, profundos desacordos com a política externa americana e de Israel.
Estas ideias estão em contracorrente das realidades britânicas. O défice anual do orçamento do Estado ronda os 70 mil milhões de libras. As propostas de Corbyn agravariam o défice ainda mais e acabariam, pensam os eleitores, por exacerbar a carga fiscal para a maioria dos cidadãos. E as opções em matéria de defesa e de política externa são igualmente contrárias às que têm sido tradicionalmente aprovadas nas urnas e que constituem a essência das alianças exteriores do país.
Ou seja, Jeremy Corbyn parece estar prestes a ganhar uma boa parte dos votos no interior do seu partido e a perder o apoio de uma grande percentagem do eleitorado nacional. Por isso, os Conservadores acham que a sua possível elevação a chefe do Partido Trabalhista será uma excelente notícia. Há quem diga, mesmo, que certos círculos conservadores estarão a promover uma campanha mediática que favorece a eleição de Corbyn. Querem o homem a chefiar uma oposição que terá imensas dificuldades, segundo pensam, em ser aceite por grandes segmentos da população.
Não acredito nessa teoria conspirativa. Mas creio que iremos ver, também na Grã-Bretanha, um partido tradicionalmente social-democrata na oposição por muitos anos. Penso, igualmente, que a eleição de Corbyn, se vier a acontecer, vai obrigar muita gente a reflectir sobre o papel dos partidos social-democratas e socialistas na Europa de agora e dos anos que se aproximam.

Manobras eleitorais

As eleições britânicas vieram confirmar várias tendências, sobre as quais deverei escrever no próximo texto a publicar na Visão. Para já, quero apenas lembrar que a estratégia eleitoral dos Conservadores foi concebida e dirigida por um especialista australiano, Lynton Crosby, a quem o partido de David Cameron pagou uma fortuna. Crosby aproveita-se das divisões internas que possam existir no partido adversário. Explora-as de um modo muito hábil, acentua-as, de modo a fazer crer ao eleitorado que esse partido é um saco de gatos assanhados que não se entendem e em quem não se pode confiar, ou, pelo menos, um partido com uma liderança fraca, incapaz de se impor e que por isso não tem garras para dirigir o país. O objectivo último consiste em desgastar e descredibilizar a imagem do líder oposto. É uma táctica que é jogada, em simultâneo, de modo aberto e de maneira subtil, para aumentar a credibilidade dos ataques. Pressupõe a existência de uma equipa que, na sombra, só trata disso.

 

Escócia

Há 15 dias escrevi na Visão que o voto pela independência da Escócia seria um erro, por várias razões, incluindo por constituir um encorajamento aos diversos populismos e nacionalismos bacocos e retrógrados que estão a aparecer em vários cantos da Europa. Previ, nessa altura, que o “não” ganharia de maneira clara e sem apelo. Alguns amigos meus pensaram então que a minha opinião era pouco prudente, pois o “sim” parecia estar de vento em popa. Acharam mesmo que eu me arriscava a perder alguma credibilidade em matéria de análise de política internacional.

 

O resultado do referendo, hoje conhecido, traduziu-se numa estrondosa vitória dos que se opõem à independência. A minha previsão bateu certa. E as ambições dos que querem fragmentar ainda mais uma Europa que precisa de estar unida sofreram uma derrota bem significativa.

 

Agora, como escrevi na altura, vai surgir o verdadeiro problema para a Grã-Bretanha: o que fazer em relação à União Europeia. Essa é a questão em cima da mesa. Essa é a questão existencial. Cameron não estará à altura de a resolver. Como também não esteve à altura do desafio escocês. Se não fosse a ajuda dos Trabalhistas, em particular de Gordon Brown, Cameron teria sido confrontado com enormes dificuldades perante a consulta popular escocesa.

 

Um número importante de ingleses irá votar, se houver um referendo sobre a Europa, contra a União. Com a Escócia dentro do Reino Unido, uma parte dos votos contra a Europa será anulada por votos a favor da Europa, vindos do lado escocês. Mas isso não será suficiente.

 

E, infelizmente, não creio que os Trabalhistas de Ed Miliband consigam chegar ao poder antes do referendo.

 

A satisfação de hoje não nos pode fazer esquecer os problemas que se avizinham. E os riscos que um primeiro-ministro fraco acarreta.

Moedas incertas

A escolha, pelo Primeiro-ministro de Portugal, de Carlos Moedas para integrar o colégio de Comissários da Comissão Europeia, veio chamar-nos a atenção para vários factos.

 

Primeiro, as nomeações feitas pelos estados membros têm sido em geral de políticos de segunda linha. Nota-se, uma vez mais, como aconteceu nos colégios que Durão Barroso presidiu, a tendência para enviar para Bruxelas políticos em perda de velocidade, ou então, num ou noutro caso, jovens num processo de ascensão, mas sem grande experiência, que vão continuar a sua aprendizagem na Europa, antes de voltarem, já com mais calo, às lides políticas dos seus países de origem.

 

Segundo, Juncker está a revelar-se um osso duro de roer. Não tem aberto o jogo de quem vai ser nomeado para que pasta, nem parece ceder às pressões vindas dos líderes nacionais. Hollande e Cameron, por exemplo, tentaram negociar a atribuição de funções importantes para os seus, mas aparentemente sem grande resultado. O mesmo terá acontecido com Passos Coelho, embora neste caso o peso de Portugal fosse à partida um handicap. Para mais, depois de dez anos de presidência, há uma espécie de acordo tácito em Bruxelas que a pessoa enviada por Portugal acabará por ter uma pasta de valor marginal.

 

Terceiro, não tem havido um número suficiente de mulheres propostas para Comissários. Assim, é muito provável que a Presidência do Conselho Europeu e o lugar de Alto Representante para a política Externa venham a ser atribuídos, respectivamente, à Primeira-ministra da Dinamarca e à ministra dos Negócios Estrangeiros da Itália. A dinamarquesa tem alguma experiência, embora os seus cinco minutos de fama se devam à “selfie” que tirou, na galhofa, no funeral de Nelson Mandela, ao lado de Obama e de Cameron. A italiana é uma jovem diplomata, muito verde. A sua nomeação para substituir a Baronesa Ashton, se acontecer, seria mais um salto no desconhecido e numa política externa europeia às apalpadelas.

O futuro Presidente da Comissão Europeia

A questão da presidência da Comissão Europeia deve ser aclarada esta semana.

 

As hipóteses de Juncker ser nomeado como candidato são cada vez menores. Era fundamental que tivesse conseguido um acordo público com a família socialista europeia, para poder entrar nesta semana decisiva com mais força. Tentou fazê-lo, não sei se com a genica suficiente, mas a verdade é que o não conseguiu. Creio que a razão para o fracasso reside no facto de Angela Merkel se opor à nomeação de Martin Schulz, o líder socialista, para um qualquer cargo na futura Comissão. Assim, Juncker não tinha nada de bom para oferecer aos socialistas.

 

Entretanto, a campanha inglesa contra Juncker continua. Para Londres, é fundamental que que a escolha recaia sobre um político morno, no que respeita à construção europeia. Estão a olhar para os primeiros-ministros e mesmo, para um ou dois presidentes da república, em exercício de funções e tentar fazer o que Blair fez em 2004, propor um deles. Mas terá que ser alguém que venha de um país que tenha o euro como moeda.

 

Veremos que coelho vai sair desta cartola.

As eleições numa Europa em crise

Em Portugal, os resultados das eleições europeias revelaram que é impossível, para já, fazer projecções prudentes sobre o que poderá acontecer dentro de um ano, quando as legislativas tiverem lugar.

 

A aliança que está no governo resistiu melhor do que se esperava. Digo isto tendo como elemento de comparação o que se passou em França. Seria acertado pensar que, depois de três anos de austeridade a sério, a coligação PSD-CDS acabaria por ter uma votação muito inferior à que teve.

 

Do lado do PS, o valor obtido é magro. Cabe à direcção do partido e aos militantes reflectir sobre as razões. Mas a continuar assim, o PS não terá, em 2015, as condições mínimas para levar a cabo a sua política governativa. Estará, se nada mudar, apenas em condições de liderar uma coligação coxa. Digo coxa porque em Portugal não há uma cultura política que seja favorável a alianças entre o centro-esquerda e o centro-direita.

 

A CDU fez uma campanha clara e ganhou com isso. Mas não é partido de governo.

 

O resto é paisagem, com ou sem votos, incluindo o “deputado acidental” que é Marinho Pinto.

 

Fora do nosso espaço, a extrema-direita ganhou peso no Parlamento Europeu. Em França, deixou os socialistas e a direita de Sarkozy em estado de choque. Na Grã-Bretanha, deu-se mais um passo, bem firme, para um confronto aberto entre esse país e a UE. E na pequena Dinamarca, que já foi um exemplo de tolerância e um modelo de cooperação internacional, os ultranacionalistas ficaram em primeiro lugar.

 

É importante sublinhar a vitória eleitoral do Partido Democrático do centro-esquerda na Itália. Matteo Renzi, o líder do partido e Primeiro-ministro de Itália, afirmou-se como um jovem que sabe fazer política nos tempos modernos.

 

Agora é preciso ver quem vai ser o Presidente da Comissão Europeia. Jean-Claude Juncker, o candidato que está à frente, não acredita que o deixem passar. Cameron ir-se-á aliar com Viktor Orban da Hungria, um homem ultranacionalista e habilidoso, para impedir que Juncker seja nomeado Presidente. Pensa Cameron que com esse golpe poderá ganhar alguns pontos junto do eleitorado inglês que votou contra a UE. O Primeiro-ministro britânico é uma das principais ameaças ao projecto comum.

 

Enfim, vai haver nos próximos tempos muita matéria para debater.

Os britânicos e a Europa

Martin Schulz, actual presidente do Parlamento Europeu, está na corrida à sucessão de Barroso em nome da família socialista e social-democrata europeia mas sem o apoio dos Trabalhistas britânicos. Ed Miliband, o líder do partido, considera que Schulz é demasiado europeísta, ou seja, um porta-voz influente do aprofundamento da União Europeia. Miliband, apesar de ser favorável à presença britânica na UE, acha que a integração já foi demasiado longe e que é preciso pôr um travão à transferência de competências para as instituições comunitárias.

 

Miliband deverá ser o próximo primeiro-ministro da Grã-Bretanha. Se assim acontecer, a integração europeia não poderá esperar muito dele e do seu governo. Mas a situação ainda será pior se Cameron for reeleito primeiro-ministro. Nessa hipótese, é quase certo que em 2017 a Grã-Bretanha estará de saída da UE.

 

A pergunta que se coloca hoje é muito simples: será preferível ter um Miliband sem entusiasmo pelo projecto europeu e pronto a travá-lo por dentro, ou ter um Cameron fora das portas europeias, a tratar da sua vida e nós a tratarmos da nossa?

A economia europeia

David Cameron é o campeão do liberalismo económico na Europa. Hoje, em Davos, disse que acredita no retorno da produção industrial, que entretanto se exilou nos países de baixos salários e de fiscalidade insignificante, como o Bangladesh. Na sua óptica, voltaríamos a ter fábricas na UE caso procedêssemos à desregulamentação das condições laborais, a cortes na segurança social pública e à diminuição dos custos de energia.

 

Pura fantasia. Com excepção da questão da energia. Com os avanços tecnológicos, com a diversificação das fontes e com uma estratégia energética adequada, seria possível baixar os custos e expandir a oferta. Energia abundante e de baixo custo teria certamente um impacto sobre a actividade económica europeia.

 

Mas teria que ser uma actividade económica de alto valor acrescentado, baseada na criatividade ou na ciência, ou nos serviços de qualidade, para poder justificar o desenvolvimento social a que a Europa se habituou.  

Os nossos amigos Cameron e Companhia

Este ano e até às eleições legislativas britânicas, em Maio de 2015, a principal ameaça à coesão política europeia virá do governo de David Cameron. O risco político reside em Londres e não em Berlim.

 

O primeiro-ministro e a liderança do seu partido deixaram-se apanhar na armadilha nacionalista e tradicionalista que é um apanágio clássico da pequena burguesia britânica, uma espécie de bandeira atrás da qual se esconde um certa mania de superioridade que caracteriza uma parte da sociedade desse país. Muitos britânicos pensam que são mais espertos que o resto dos europeus.

 

Os líderes conservadores estão cada vez mais encostados à parede. Embora saibam, pois Cameron e os seus têm ligações muito íntimas com os grandes interesses económicos britânicos, que uma eventual saída da UE seria um desastre a prazo para o seu país, não parecem ter agora outra alternativa política que não seja a de tentarem ser mais populistas que os demagogos ultranacionalistas. Vão, por isso, jogar no duro em relação ao projecto europeu, para tentar não perder votos.

 

Cameron e os seus são contra novos avanços no que respeita à integração europeia. Mais, querem mesmo fazer recuar o projecto comum. Essa é a dimensão profundamente negativa da sua política em relação à Europa.

 

Por outro lado, pela positiva, têm uma sensibilidade em relação aos desafios globais que merece atenção. A Europa precisa de reflectir sobre os desafios da globalização. Há, em grande medida, um défice de pensamento estratégico sobre o posicionamento das economias dos estados membros perante o resto do mundo.

 

Num mundo melhor, seria de esperar que as eleições deste ano para o Parlamento Europeu pudessem servir para debater a questão britânica e o futuro da UE. Mas esperar por tal seria ingénuo. Seria esquecer que vivemos numa realidade política que não discute nem encara os verdadeiros problemas.

Cooperação para o desenvolvimento

Interrogo-me muitas vezes sobre o futuro da cooperação para o desenvolvimento. Sobretudo quando vejo a atitude dos políticos, em Bruxelas e nas capitais europeias, que parecem agora convencidos que a ajuda ao desenvolvimento é uma matéria menos importante. Uma rúbrica orçamental que pode ser podada sem grandes custos eleitorais. E que as relações exteriores devem estar mais focadas no comércio, no sector privado, nos interesses económicos.

 

Ora, tudo é uma questão de equilíbrio. Pôr o acento na diplomacia económica esquecendo a política e a solidariedade entre os povos é uma ideia simplista, que desconhece as relações profundas que existem entre as duas vertentes das relações exteriores. A imagem externa, a intervenção diplomática a favor das grandes causas mundiais, a ajuda humanitária e para o desenvolvimento, o empenho em missões de paz, a política de alianças, tudo isto conta e acaba por influenciar o posicionamento económico internacional do país.

 

O Primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, é um dos poucos dirigentes que entende esta rede complexa que deve definir o relacionamento externo de um país. Embora conservador e muito dado a cortes orçamentais em vários sectores, Cameron tem aumentado as verbas para a cooperação. Hoje, o Reino Unido é um dos raros países que dedica 0,7% do seu PIB à cooperação. Ou seja, que cumpre o critério aprovado no quadro da OCDE.

 

Não será por acaso. Vale a pena pensar que se os Britânicos o fazem é porque há um retorno político e económico numa boa política de cooperação.

 

 

 

 

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