A China não tem condições para fazer de mediador
Estão todos a caminho da China. Por duas razões: por se tratar de um grande mercado e por se pensar que a China poderá encontrar uma solução para a agressão russa contra a Ucrânia. É, de facto, um mercado enorme e cada vez maior, à medida que o poder de compra da sua imensa população continuar a aumentar. A sua dimensão populacional e a disciplina laboral são dois factores determinantes que farão da China um pólo importantíssimo nas relações internacionais. Mas acreditar na intervenção da China na resolução do conflito criado pela Federação Russa parece-me uma ilusão. A Rússia não tem a intenção de sair dos territórios que ocupou ilegalmente. E a China não irá, de modo algum, conseguir convencer a Rússia a fazê-lo. Nem irá mesmo tentar. Por isso, apostar na China como um mediador é, tal como as coisas estão neste momento, tempo perdido.