A declaração presidencial
A comunicação do Presidente da República foi suficientemente clara. Lembrou-nos que a situação é grave, no que respeita à pandemia da covid, e que continuará a sê-lo durante os próximos meses. Os sistemas de saúde estão à beira da ruptura e, por outro lado, a economia está a ser profundamente abalada. Assim, o estado de emergência irá continuar – foi esse um dos avisos que fez – durante o mês de dezembro e para além desse período.
Pessoalmente, não vi nenhuma contradição maior entre o que disse e a maneira como o governo tem estado a encarar a pandemia. Penso, no entanto, que deveria ter insistido mais no que se espera de todos nós em matéria de comportamentos que evitem o risco. É aí que está uma das respostas mais importantes à crise sanitária. Na China, na Coreia do Sul, em Singapura, e noutros países, a disciplina cívica – nomeadamente o uso generalizado de máscaras – tem desempenhado um papel fundamental.
É, no meu entender, altura de começara falar disso com mais insistência e de um modo que possa ser entendido por todos. A política tem muito que ver com o comportamento dos cidadãos. Se o comportamento for o adequado, não haverá necessidade de fechar trinta por uma linha.