A diplomacia acompanha as armas
Enquanto decorre a contraofensiva ucraniana contra os ocupantes russos, assistimos a uma intensificação das iniciativas diplomáticas em apoio à Ucrânia. Em Londres teve lugar uma conferência de doadores sobre a reconstrução do país, uma vez terminada a agressão. A União Europeia parece estar destinada a ser o maior financiador dessa fase. Entretanto, o Primeiro-ministro Narendra Modi esteve em Washington. E durante o fim de semana terá lugar uma iniciativa diplomática em Copenhaga, que reunirá os ocidentais com países do Sul, com base numa agenda que continua por revelar. No início da semana, Antony Blinken tinha discutido a questão ucraniana com a direcção chinesa.
Estas acções diplomáticas são importantes. A pressão da comunidade internacional conta muito. O próprio Secretário-geral tem um relatório pronto para ser divulgado, sobre os ataques russos contra escolas ucranianas. Esse relatório vai certamente colocar os russos na defensiva diplomática, tendo em conta que a questão das crianças é muito sensível. E toca directamente em Vladimir Putin.
E o 11º pacote de sanções contra a Rússia foi agora aprovado pelos países da UE, sem grandes divergências entre eles.
A comunidade internacional dá sinais de que considera que é altura de colocar um ponto final a este enredo e crime decidido por Putin. Putin pensava que a coisa se resolveria em poucos dias e por isso concentrou o seu esforço inicial em Kyiv. Errou. E a cobertura mediática da guerra tornou-a insuportável. Por isso, a pressão sobre ele está a crescer.