A poucos dias da COP26
A dias do começo da cimeira sobre o clima – a COP26 – existe um grande pessimismo sobre os resultados que se poderão esperar desta reunião. Países como a China, a Índia ou a Rússia ainda não comunicaram as metas que se propõem cumprir. Por outro lado, a Polónia tenta introduzir alterações no plano europeu, de modo a transformar uma promessa ambiciosa num documento mais vago e prolongado no tempo.
Os combustíveis fósseis estão de novo num pico de procura, agora que as principais economias procuram recuperar o crescimento perdido nos últimos 18 meses. Os preços do petróleo, do gás natural e do carvão aumentaram marcadamente nos últimos meses e todas as preocupações são sobre o acesso a quantidades suficientes dessas fontes energéticas. Por outro lado, já começa a ficar claro que o comportamento dos cidadãos, nos países mais avançados, está a voltar aos hábitos passados e mesmo a acentuá-los – anda-se agora mais de carro do que em finais de 2019. E os meios financeiros, que deveriam estar disponíveis para a transição energética das economias menos desenvolvidas, estão muito abaixo do que havia sido prometido.
Ao mesmo tempo, é hoje mais claro que a crise climática se está a acelerar e que há urgência na tomada de medidas.