A presunção de certos intelectuais
Vários média russos estão proibidos de emitir no espaço da União Europeia. A primeira lista foi aprovada em março de 2022 e a lista complementar em junho. Os média interditados eram meras fontes de mentira e propaganda da Federação Russa. Alguns deles são dirigidos por intelectuais profundamente antiocidentais, que não perdem uma oportunidade para atacar a União Europeia, à base de falsidades inventadas nos círculos do poder em Moscovo. Fazem-no com grande habilidade, o que os torna verdadeiramente perigosos, em especial numa altura em que o Kremlin lançou uma campanha bélica contra a Ucrânia e pretende destruir a UE.
Fechar esses instrumentos de propaganda não é um acto de censura. Faz parte do conflito. Os europeus sabem fazer a diferença entre a verdade e a mentira. Mas nem sempre é fácil. Nem todos têm a preparação diplomática, os conhecimentos académicos ou a informação necessária para fazer o trio. Por isso, os dirigentes europeus aprovaram essas medidas de proibição.
Um ou outro intelectual comentador na comunicação social critica essas decisões. Na minha opinião, ainda não perceberam em que tipo de conflito estamos metidos, a força e o perigo que o inimigo representa. Devem pensar que todos têm a alta capacidade de discernir que o a sorte lhes deu. Ora, não é assim.