A TAP é uma dor de cabeça
Os cancelamentos sucessivos e numerosos, as avarias de aviões, o mal-estar entre os pilotos, tudo isto e outros indícios mostram que a TAP está de novo em crise. Na verdade, parece estar a rebentar pelas costuras. E a transformar-se, rapidamente, numa companhia aérea que merece pouca confiança.
Um exemplo concreto. No primeiro voo do dia para Bruxelas, na passada segunda-feira, o avião e a tripulação não eram da TAP. O avião saiu de Lisboa com um atraso significativo. E a viagem foi um pesadelo, pois o avião charter que a TAP alugara tremia por todos os lados e fazia um barulho de meter medo, como se fosse uma panela de escape com buracos e mal atarraxada.
Era uma aeronave espanhola, da mesma companhia que dias depois perdeu um avião, no percurso entre Burkina Faso e a capital da Argélia. Hoje, quem viajou no ferro-velho de segunda-feira está com a impressão que foi o mesmo avião em que seguiram para Bruxelas que se despenhou no deserto do Saará.
Talvez não tenha sido. Mas que a TAP está em riscos de cair aos bocados, aí não tenho dúvidas.