A TAP está em risco de queda livre
Tinha uma viagem programada com a TAP para hoje à tarde. Porém, logo após o anúncio da longa greve de dez dias, pedi um voucher de reembolso e reservei o voo numa outra companhia.
Ainda tenho o regresso marcado para um voo da TAP, tendo em conta que essa etapa terá lugar já fora do período de greve. Depois, qualquer nova viagem com a transportadora nacional exigirá muita ponderação, muito cuidado na tomada de decisão. Não digo que deixarei de viajar com a TAP. Mas só o farei em reservas de última hora, quando haja um mínimo de certeza no que respeita à realização do voo e quando a diferença de preço e a conveniência de horário o justificarem.
Viajar com a TAP não é uma questão de patriotismo. É uma questão comercial e de pertinência dos horários. A ideia de companhias de bandeira já não existe. A TAP é uma companhia como qualquer outra. Deve ser medida por critérios de fiabilidade e de custos. Está inserida num sector extremamente competitivo, com margens de lucro cada vez mais apertadas. Por isso, tem que ter um comportamento que inspire confiança aos potenciais clientes. O que não é o caso com esta longa greve. E sem confiança não há futuro.