Breves apontamentos sobre a sondagem de hoje
Na sondagem política que o Diário de Notícias publica hoje destaco três aspectos.
Primeiro, que Rui Rio, o dirigente do PSD, não consegue sair da cepa torta, nem mesmo quando António Costa perde pontos de popularidade. Falta a Rio a chama que um líder político precisa de ter. Isto quer dizer que não consegue projectar uma imagem clara do que significaria votar por ele.
Não terá, lá nas fileiras do seu partido, quem o posso aconselhar em termos de percepção pública? Ou é o homem que não ouve ninguém?
Segundo, o CDS/PP aparece como uma força irrelevante. Com 0,8% das intenções de voto, não acrescenta nada à direita e ao movimento conservador. Fazer acordos políticos com essa insignificância é puro teatro sem consequências, é parvoíce política.
Terceiro, o partido Chega parece ter chegado ao limite das suas forças. Os dados mostram que não tem sabido aproveitar a dinâmica criada pela disputa eleitoral presidência. Consegue, apenas, mobilizar os eleitores mais radicalizados dentro do espectro ultraconservador e numa lógica de saco de gatos enfurecidos, que se arranham uns aos outros.