Caras bonitas e cherne mal empregado
Pedi cherne grelhado ao almoço em Olhão, com um acompanhamento de legumes salteados. Tudo sem sal, para que não houvesse a tentação, como é hábito no Portugal profundo, de salgar tudo.
O restaurante estava localizado em frente do mercado do peixe, no passeio oposto, uma questão de vinte metros ou coisa assim.
O cherne veio grelhado, mas moído, pois já teria conhecido dias mais frescos, salgado até dizer já chega, e os legumes haviam sido cozidos em água. Se saltaram na frigideira, deve ter sido um salto virtual.
Não valeu a pena insistir. As duas jovens que serviam à mesa tinham uma excelente apresentação. Mas quanto a experiência profissional, ou ideia do que é a restauração, enfim, com muito favor, dava-lhes um zero à esquerda.
Isto de pensar que qualquer cara bonita pode servir à mesa...