Contra a demagogia
O crescimento económico é a única ambição que conta, quando o país é pobre, quando a economia é insuficiente para financiar um nível de bem-estar social aceitável. Falar em repartir o que não existe em quantidade suficiente é pura demagogia, poeira lançada aos olhos dos crédulos.
Num modelo económico como o nosso, o crescimento da economia passa, acima de tudo, pela promoção do investimento privado e pela qualificação dos trabalhadores, de modo a que possam responder às exigências de um sistema produtivo moderno e competitivo.
O investimento tem que ver com a confiança política e a previsibilidade. Ninguém investe num clima de incertezas políticas, de ameaças ao sector privado. Também não se investe a sério quando a linha política é feita de ziguezagues e sustentada com base em acordos com correntes políticas contrárias ao bom funcionamento do sector privado.
Por outro, a competitividade não pode ser entendida nem funcionar com base em salários desvalorizados e em relações laborais precárias. Competitividade em 2015 significa conhecimentos, preparação profissional, aptidões académicas, estabilidade de emprego.
Assim se constrói o futuro. E assim se denuncia quem tem ideias erradas e anda a tentar enganar a opinião pública.