Demissão, o passo natural que quem perde deve dar
É prática habitual, nas democracias, que um líder partidário peça a demissão, após uma derrota pesada numa eleição. Uma derrota a sério descredibiliza politicamente quem esteve à frente da campanha. Tentar justificar o fracasso com a maneira como os adversários conduziram a sua estratégia é uma desculpa de mau pagador.
Trata-se de assumir a responsabilidade, que é isso que se espera de um dirigente democrático. Não é algo que deva ser pedido de fora, do exterior do partido. Mas também não deveria ser necessário chegar-se a uma situação em que a queda é imposta a partir de dentro. Deveria, isso sim, ser uma decisão imediata e livre do líder. Assim se percebe quem tem estofo de líder, quem compreende o que significa ser responsável e ter espírito democrático.