Ébola: é preciso combater a epidemia no terreno, em África
Ao contrário do que os políticos europeus nos querem fazer crer, a epidemia de Ébola tem que ser combatida no terreno. Neste caso, na África Ocidental, na Libéria, na Serra Leoa e na Guiné. E para que isso aconteça, é preciso mobilizar um grande número de pessoal, médico, paramédico e logístico. Sem esquecer que a comunicação e a informação das populações é outra dimensão essencial da luta contra este flagelo. Especialistas em comunicação têm que fazer parte das equipas.
Tirar a temperatura à chegada dos passageiros aos aeroportos europeus não chega nem resolve o problema. Fechar as fronteiras, suspender os voos, impedir a circulação das pessoas são medidas absurdas.
Cuba, ao enviar centenas de técnicos de saúde para a Serra Leoa, está a dar o exemplo. Como o estão a dar os Estados Unidos e, numa dimensão mais reduzida, a Grã-Bretanha. A organização Médicos Sem Fronteiras é outro bom exemplo, como o são outras ONGs internacionais, entre elas, Save the Children.
A Organização Mundial da Saúde precisa, por outro lado, de mais meios financeiros. Só assim poderá desempenhar o papel de coordenação técnica que lhe cabe. Além disso, há que aumentar a ajuda alimentar às populações que estão no olho do furacão. A economia local tem sido profundamente abalada pela epidemia. Sem contar com o grande número de órfãos.
Tudo isto exige um esforço global. Uma concentração de esforços e de apoios aos países em causa.
Aqui fica a lembrança.