Escrever com letras grandes
A quem me pergunta, respondo que escrever sobre coisas pequenas, de somenos importância ou triviais, acaba por nos condicionar o pensamento. Começamos, então, a dar relevância ao que não deveríamos. A perder tempo com pormenores, exagerando-lhe o valor. É verdade que por vezes é bom falar da árvore. Mas, na maioria dos casos, há que ir mais longe e ter a floresta como centro da atenção.
Dizem-me, como resposta, que a malta gosta dos pormenores e compreende melhor a árvore que o bosque. Talvez assim seja. Talvez assim se ganhe ou perca audiência. E os números da audiência é que contam, acrescentam.
Verdade, claro que sim.
Mas a minha opção continua a ser a outra. Sem, no entanto, chegar à ideia absurda de um personagem que conheci, que escrevia para um leitor apenas: para ele!