Fanáticos violentos
Os países europeus que têm mais cidadãos seus a combater nas fileiras dos grupos radicais islâmicos que operam na Síria, no Iraque e no Mali são a Bélgica, a França, a Alemanha, o Reino Unido, a Itália, a Dinamarca, a Suécia e os Países Baixos. A quase totalidade desses combatentes com cidadania europeia tem as suas raízes nas comunidades imigrantes, em famílias provenientes do Norte de África, da Somália e do Médio Oriente. São jovens, alguns deles com menos de vinte anos de idade, que se deixaram doutrinar por pregadores extremistas. Muitos têm perdido a vida em combate. Uma boa parte ainda anda nas fileiras dos grupos fanáticos. Mas há igualmente um certo número que está de volta, depois de ter passado meses na frente de combate. Estes indivíduos têm todas as condições para agir, após o seu regresso, como actores de acções violentas. Neste momento, a preocupação é a de proceder à sua identificação, à investigação das suas relações e redes de contactos e de evitar que cometam actos terroristas. Terão tendência para agir noutros países europeus, fora das suas terras de origem. O que significa que Portugal poderá ser, embora neste momento a hipótese pareça remota, um dos teatros de acção desses indivíduos. Convém estar muito atento e em estreita ligação com os serviços de segurança dos países da UE acima referidos.