Lisboa, uma cidade de ricos e pobres
No meu dia a dia, Lisboa reduz-se a uma parte da freguesia de Belém. É cada vez mais raro ir além desse limite, quando se trata de deslocações dentro da cidade. Mas hoje fiz algo que já não fazia há muito. Peguei no carro e andei às voltas por Lisboa. Ficaram-me duas ou três impressões. Por um lado, que a animação voltou ao centro da cidade e aos lugares turísticos. Por outro, que há muita habitação a cair de podre, muitos prédios que precisariam de uma renovação a sério. E que a Câmara Municipal não poda as árvores ao longo das vias públicas. Certas ruas e avenidas têm árvores que tapam a luz do dia aos moradores. Nesses prédios deve ser necessário ter as luzes acesas durante o dia todo.
Também tive a oportunidade de observar a ciclovia da Almirante Reis. Ocupa um bom espaço, na subida e na descida da avenida. São vias largas. Mas sem ciclistas, sem uso, pelo menos nesta tarde de domingo.
No final da volta, e tendo em conta os números que saíram das eleições autárquicas em Lisboa, perguntei a mim próprio como vai ser possível tratar desta cidade que bem precisa de uma gestão a sério. A vitória de Carlos Moedas pode facilmente ser transformada numa vitória de Pirro.