Livremente à deriva
Na política, o ridículo mata a credibilidade de qualquer partido. Quando ao ridículo se junta a hesitação, a dissensão e luta entre personalidades, estamos prontos para o enterro da organização. O que resta, no melhor dos casos, é uma múmia, uma curiosidade histórica ou uma referência anedótica.
O Livre parece ser uma ilustração do que acima escrevo. O Congresso que agora está a decorrer ficará conhecido, receio, como o velório de uma ideia. Uma ideia que até poderia ter tido asas, se a águia fosse outra. Embora também reconheça que não se tratou apenas de uma questão de falha de liderança. Na verdade, o espaço político na área que pretendiam ocupar está muito fechado. Teria sido necessário uma argúcia excepcional, que obviamente não existiu nem está a surgir.