Não é tempo de silêncios
O meu texto de hoje no Diário de Notícias tem duas mensagens muito simples, sobre um tema muito complexo. A primeira é que a pandemia da covid traz consigo a oportunidade de pôr em causa uma série de questões políticas. E a segunda refere-se ao papel dos líderes numa situação de grandes incertezas. Quem está à frente de instituições de peso internacional tem a responsabilidade de falar claro sobre o mundo de amanhã, o mundo pós-covid, e de sugerir um conjunto de transformações que tornem o nosso planeta mais solidário e mais sustentável. Num período de crise profunda como o actual, haverá muita gente pronta para repensar as suas vidas e a vivência colectiva de uma maneira diferente. Mas precisam de linhas de direcção, de um quadro de referência. Cabe aos líderes com autoridade moral falar abertamente sobre as alternativas que definem a encruzilhada que agora vivemos.