Notas sobre o comércio e os investimentos chineses
A China e o seu estatuto perante a EU no quadro da Organização Mundial do Comércio
Economia de mercado?
12 de maio no Parlamento Europeu: os MEPs votaram contra a atribuição à China do estatuto de economia de mercado.
O voto é meramente indicativo, não é vinculativo.
Mas a Comissão Europeia não é favorável à mudança de estatuto da China e vários estados ir-se-ão opor ao novo estatuto. Irão continuar a aplicar medidas anti-dumping contra a China.
A minha sugestão: o câmbio de estatuto poderia ser limitado a certos sectores, como o do aço (330 000 empregos na EU), das indústrias químicas, cerâmicas, etc.
Receio da uma concorrência desleal e da perda de muitos empregos na Europa: embora ninguém saiba ao certo quantos empregos possam estar em risco: fala-se de 200 000 a 3,5 milhões…Ou seja, não há uma ideia clara, vive-se nas nuvens do medo.
Entretanto as empresas chinesas e os consórcios de investidores chineses já adquiriram este ano, até 11 de maio, 111 mil milhões de USD em empresas estrangeiras.
Em 2015, haviam investido 107 mil milhões de dólares em todo o ano
Em 2006, 21 mil milhões de dólares gastos pelos chineses em aquisições de empresas em todas as partes do mundo.
Em 2000, apenas 1,7 mil milhões de dólares.
Este ano o destino das aquisições chinesas tem sido o seguinte: Suíça, EUA, Hong Kong, Alemanha e França, por ordem decrescente do valor dos investimentos
Exemplos: ChemChina comprou este ano a sua rival suíça Syngenta por 43 mil milhões de dólares.
Em 2015, um consórcio chinês comprou o aeroporto de Toulouse, que é a base de Airbus.