O frio eleitoral
A Letónia vai a votos a 4 de outubro. Trata-se de eleger um novo parlamento. Existem quatro partidos com peso parlamentar e mais nove que também concorrem.
Curiosamente, estou em Riga há uma semana e ainda não vi um simples cartaz, para já não falar de manifestações públicas, levadas a cabo por qualquer um dos partidos. Ainda ontem dei a volta ao mercado central e para além das frutas, legumes, peixe e carnes, e muitas flores, nada de política. Quem não souber que as eleições estão à porta anda por aqui e não se dá conta que estamos a menos de três semanas do dia de votar.
Estranha maneira de fazer política.
Nas eleições anteriores, o partido mais votado –Harmonia, uma formação de centro-esquerda, se se pode falar de esquerda e de direita nesta terra – ganhou o maior número de votos. Mas como se trata de um partido “etnicamente russo”, como por aqui se diz, os outros, de extração letã, uniram-se para impedir que Harmonia viesse a formar governo. Veremos o que vai acontecer agora. Com a tensão que existe em relação à Rússia de Putine, uma vitória de Harmonia, se vier a acontecer, irá deixar, de novo, os outros partidos em transe.