O mesmo fado de sempre
Em Portugal, apesar da crise intensa dos últimos anos, não surgiu nenhum outro partido político com condições de dar uma abanadela de fundo ao sistema vigente. Mais ainda. As sondagens mostram que as intenções de voto não são muito diferentes do que tem sido a prática eleitoral. Os resultados não oferecem surpresas.
Fica-se, assim, com a impressão que temos uma vida política estática. Nada muda de modo significativo. Não aparecem novas figuras de proa. As elites reproduzem-se de modo esperado, na tranquilidade aparente das máquinas partidárias.
Falamos muito, essa é a verdade, mas pouco ou nada fazemos para mudar o estado das coisas. Somos, na realidade, um povo de descontentes que vota sempre pelo mesmo fado.