O nosso comportamento e as mudanças climáticas
Na altura de decidir que meio de transporte iria utilizar para me deslocar ao hospital, do outro lado da cidade, lembrei-me da publicação, nesta segunda-feira, do quinto relatório da Painel Intergovernamental da ONU sobre as Mudanças Climáticas. O relatório, que resulta do trabalho colectivo de 837 cientistas de renome, espalhados pelo mundo, é bem claro sobre a necessidade de mudar de vida, tão depressa quanto possível, para que se possa ainda evitar o pior cenário, em termos de aquecimento global.
Vale a pena ler o relatório. Como também seria útil que a comunicação social aproveitasse melhor as principais conclusões que dele constam e as divulgasse. É um assunto muito sério, com consequências globais. Precisa de entrar na agenda da opinião pública e fazer parte integrante das preocupações das forças políticas.
Mas voltando à decisão que tinha que tomar, e por ter acabado de folhear o relatório em questão, acabei por me descobrir a comparar custos. Não apenas os custos monetários -2,20 euros de elétrico, quase 20 euros, se fosse de carro, adicionando o valor da gasolina ao do estacionamento – nem tão pouco os custos em termos de tempo de trajecto: 41 minutos de eléctrico, um pouco mais de 30, indo de carro. Pensei nos custos ecológicos: 264 gramas de emissões CO2, no transporte público, contra 1391 gramas, caso utilizasse o meu veículo.
Qual foi a decisão que tomei?