O Verde Banco, muito verde e opaco
Hoje entrei pela primeira vez na minha agência do meu Novo Banco. A última vez que lá fora ainda a coisa era conhecida pelo nome antigo. E tinha clientes. Hoje, fiquei com a impressão que está tudo muito morno, ou mesmo parado. Que não há actividade.
O que me levou ao Novo foi uma situação ridícula com o cartão de crédito de uma das minhas filhas. Por sinal, a que tem a conta mais alimentada. O cartão que lhe haviam dado tinha um crédito de 500 euros apenas. Um plafond insuficiente, que ainda se tornava mais difícil de gerir com ciclo de crédito a fechar a 12 de cada mês mas a conta dela a ser debitada apenas a 30. Ou seja, na prática, o cartão só dava para uma dúzia de dias de operação por mês. E ficava rapidamente inoperacional, com o limite dos 500 euros a ser atingido num ápice.
Fui ao atendimento personalizado. E apercebi-me, por comparação com outros bancos noutros países, que os dois miúdos que se ocupam desse tipo de atendimento não têm poder de decisão nem capacidade para fazer o aconselhamento que certas situações que saem da rotina exigem. A boa vontade não chega, nestas coisas de banca e de dinheiros. Nem o fato e a gravata e a menina bonita ao balcão. E com a reputação do banco fortemente abalada, fiquei a pensar que o Novo deveria, isso sim, chamar-se Verde, Muito Verde. Também fiquei com a impressão que não vai ser fácil vender esta coisa “nova” por um valor que cubra o que o Estado acaba de lá pôr, para salvar a barraca. Verde e com pouco ponta por onde se lhe pegue.