Ódios e frustrações
É triste, e faz pensar nas voltas que a vida dá, ver um dos nossos intelectuais mais proeminentes escrever num diário de referência uma longa e confusa arenga sobre a Europa. Além de vários erros de raciocínio, que serão provavelmente o resultado das suas frustrações pessoais e da obsessão doentia em que vive, e de afirmações gratuitas e erróneas, a nossa estrela chama ao barulho outros estados exteriores à UE, fala nos seus erros e depois passa as culpas à Europa.
Não sei se ainda há por aí muita gente que lhe preste atenção. Mas até é capaz de haver e isso não ajuda nada, numa altura em que conviria aclarar as coisas e reconhecer valor onde esse existe. Estes são tempos que exigem atitudes positivas e críticas construtivas. Não são tempos para deixar as nossas raivas e ódios de estimação à solta, entregues a um projecto de demolição.
É com conversas dessas que se vai destruindo a credibilidade das instituições e se prepara o período de convulsões que se poderá seguir.