Os inimigos da UE devem pagar pelos seus actos
O comportamento político de Alexander Lukashenko em relação à Polónia e ao resto da União Europeia é um acto de grande hostilidade. Na realidade, é uma agressão e uma tentativa descarada de desestabilizar a UE, utilizando a miséria de certos povos como arma de ataque. Tem, igualmente, uma dimensão de desumanidade inqualificável. Milhares de pessoas são atraídas, no Iraque e noutros sítios do Médio Oriente, a sua viagem para Minsk facilitada e depois são encaminhadas para a fronteira com a Polónia, onde as espera o frio, a fome e o desespero.
Este tipo de violência política e humana não pode ser tolerado. É um acto de guerra, casus belli, ao qual se deve responder com todo o arsenal de sanções existente na União Europeia. Sem demoras e visando directamente Lukashenko e os seus.
Marrocos e a Turquia estão a estudar o comportamento que será adoptado pela UE. Estes países têm tido comportamentos semelhantes aos praticados agora pela Bielorrússia, embora com mais moderação no caso de Marrocos. Precisam de receber uma mensagem clara da Europa: actos assim, o empurrar milhares de migrantes para as fronteiras europeias, acarretam respostas de muito peso. São acções praticadas por Estados inimigos.
A Europa não pode hesitar.