Os nossos imbecis
Na Rússia profunda, completamente dominada pela propaganda imposta pelo Kremlin, é fácil perceber que a etiqueta ou a acusação de se ser “nazi” é algo muito mau. É a memória histórica a funcionar. Não se sabe o que significa exactamente, para além da associação com o regime de Hitler e os milhões de mortos que este provocou.
Por isso, Vladimir Putin diz que a liderança ucraniana é “nazi”. É a pior coisa que poderia ser, na lembrança russa. “Nazi” nada mais significa, neste momento, do que “inimigo a abater”. E justifica-se assim a guerra de agressão contra o povo ucraniano.
Aqui entre nós, os idiotas e os neoestalinistas engoliram a expressão sem dizer ai nem ui! Como têm um vasto acesso à informação, coisa que na Rússia fascista de Putin não é possível, os nossos putinistas dão provas de uma enorme e genuína imbecilidade. Além de mostrarem as suas tendências para apoiar uma ditadura, caso tivessem oportunidade para o fazer.