Os verdadeiros e os falsos Pais Natais
A minha neta tem agora nove anos, a caminho dos dez. Este ano, percebeu pela primeira vez, essa história a que nós, os adultos, chamamos de Pai Natal. Reagiu bem, no entanto. E mostrou que era preciso não deixar o primo, o meu neto de sete anos de idade, perder os seus sonhos sobre a famosa personagem natalícia.
Disse-me que, quando se tem sete anos, era necessário acreditar nos mais velhos. Manter essa confiança, nessa idade, é essencial. E que, mais tarde, é importante continuar a viver certas historietas, mesmo sabendo que, na verdade, não passam de meros contos de fadas.
Acreditar por que se quer, mesmo sabendo que a realidade é outra, dá asas à imaginação. E não é mesma coisa que engolir as falsas realidades, e a água benta, que os políticos nos trazem para a televisão. Por exemplo, aquele senhor que nos veio agora falar do Sistema Nacional de Saúde. Não é nenhum Pai Natal e só acredita nele quem anda de olhos fechados e tem mais de sete anos de idade.