Reflectir sobre a manutenção da paz
Tenho estado a preparar duas apresentações sobre a experiência dos últimos anos na área das operações de paz e alguns dos desafios que as mesmas têm hoje pela frente. Serão ambas debatidas amanhã na Holanda, uma delas com uma audiência vastíssima, mais de 700 oficiais superiores.
É curioso ver como as questões relacionadas com as missões de paz estão na ordem do dia. Para além destas duas conferências, na próxima semana terão lugar uma série de discussões em Bruxelas, sobre a posição dos vários actores europeus em matérias de manutenção da paz.
Só que – essa é uma das muitas questões que ainda está por resolver – manter a paz no Mali ou na República Centro-africana não apresenta os mesmos desafios que encontramos na Ucrânia ou na Síria. Na realidade, cada caso é, em grande medida, único. Um padrão uniforme, um modelo que se aplique de modo geral, não serve. Mas isso não nos impede de tirar algumas conclusões sobre as experiências dos últimos dez anos nem de reflectir sobre a resposta a dar aos conflitos que estão na agenda actual. E a reflexão é bem precisa.