Russos, americanos, tambores de guerra e mercados de capitais
A geopolítica continua a ter como preocupação número um a situação à volta da Ucrânia. A reunião prevista para sexta-feira, em Genebra, entre Antony Blinken e Sergey Lavrov, é esperada com alguma ansiedade. É difícil, neste momento, prever o que poderá resultar desse encontro. Creio saber, no entanto, que não há muito optimismo do lado americano.
Entretanto, os mercados bolsistas parecem ignorar este risco geopolítico. Estão sobretudo preocupados com os níveis de inflação, em particular nos Estados Unidos, e com os aumentos das taxas de juro. Vivem numa outra realidade. Também é verdade que tem havido um fluxo de desinvestimento nos mercados russos. E quem ainda lá está investido está agora preocupado em sair. Não se nota, no entanto, um movimento de pânico.