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Crescemos quando abrimos horizontes

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10 de junho e um discurso que enobrece as gentes

Pessoa amiga chamou-me a atenção para o discurso proferido pelo Cardeal D. José Tolentino Mendonça na cerimónia do 10 de Junho de 2020. Esse discurso está disponível no You Tube. São 22 minutos de reflexão sobre a nossa condição de portugueses. Foi pensado com um espírito positivo e uma visão generosa do que podemos ser. Por vezes é um pouco lírico, mas vale a pena ouvi-lo. O Senhor Cardeal representa o que de melhor existe entre os nossos intelectuais. Comparar as suas palavras com as dos comentadores do costume é como contrastar um dia de Sol com uma tarde feia de neblina e sem visibilidade.  

A brevidade é prova de inteligência

No seguimento dos discursos do 10 de Junho, e depois de reconhecer a qualidade do que foi proferido pelo João Miguel Tavares, queria lembrar que alguns dos melhores discursos políticos foram curtos e directos. Por exemplo, em 1863, muito antes do aparecimento do Twitter e do número reduzido de caracteres que impõe, o Presidente Abraham Lincoln pronunicou um discurso memorável, conhecido na história como a alocução de Gettysburg, para falar da Guerra Civil e do futuro. Vivia-se um momento muito grave na história dos Estados Unidos. O discurso teve uma duração inferior a três minutos. E continua a ser citado, nos dias de hoje.

10 de Junho

Dia das Comunidades Portuguesas. Dia especial, para mim, que vivo há mais de quarenta anos fora do meu país natal.

A verdade é que com o passar do tempo, ganhei o hábito de olhar para cada país como algo de estranho e diferente, que preciso de compreender.

Agora também descubro que quando observo o meu país, o vejo igualmente como algo de insólito, com traços escuros e outros mais coloridos, enfim, uma confusão que tenho, como noutras terras, que procurar entender.

Um pedido no Dia de Portugal

Mais um Dia de Portugal que passo no estrangeiro. Já nem sei quantos são, depois de mais de três décadas a andar pelo mundo. É isso ser emigrante – ao fim e ao cabo, é essa a minha condição na vida. A emigração é, aliás, uma das características definidoras de uma boa parte dos portugueses. Por isso, o dia de hoje é igualmente o Dia das Comunidades Portuguesas.

Enquanto português e membro das “comunidades no exterior”, é como se fosse um dia duplo, dois em um. Um dia em cheio, que para mais nos faz lembrar o Luís, aquele que andou também por várias partes do mundo. E que no fim do percurso voltou à Pátria, sem grandes meios mas rico de experiências e mais capaz de falar de outros mundos, de coisas de assombrar e de culturas diferentes.

Perante isto, transformar a lembrança do dia em conversa de partidos e de sectários não é aceitável. Dêem folga ao arremesso, caros senhores e senhoras da elite. Há muitos outros dias para falar daquilo que nos divide e antagoniza, para lançar pedras e atacar a torto e a direito o lado oposto.

Seria bom ficar acima do quotidiano rasteiro um dia por ano. Seria uma maneira nova de celebrar Portugal. Sei que não é fácil, mas aqui fica o pedido.

Um dia dramático, insustentável

Dizer "insustentável", num discurso que levou muitos dias a preparar, é assumir uma grande responsabilidade. Só aceito que a palavra tenha sido dita, numa ocasião tão solene e importante como é o Dia de Portugal, se o seu autor estiver sinceramente convencido da gravidade da situação.

 

Creio que é o caso do Presidente da República. Cavaco Silva, na minha opinião, está muito preocupado. Não disse o que disse por razões eleitorais, como alguns bacocos concluíram em cima do joelho, ou para tornar a vida mais difícil seja a que político for. É uma visão genuína, acrescento, dos tempos que o nosso país atravessa.

 

Como conhece bem o que se passa, e como é um homem sério, com sentido nacional -- assim o penso, independentemente das suas opções políticas e de estar ou não de acordo com o quadro de valores em que acredita --, não podemos ignorar a sua opinião.

 

Isto parece estar mesmo feio.

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