Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. O facto de ser o último texto deste ano, deu-me a oportunidade de fazer um balanço muito sumário do que foi 2022, um ano particularmente difícil em várias partes do mundo.
Cito de seguida umas linhas deste meu texto.
"O ditador de hoje pode achar oportuno acalmar o jogo durante uns tempos. Mas um ditador é como a onça, não muda as suas pintas, e voltará amanhã a portar-se de acordo com a sua natureza. O escorpião, na velha fábula da travessia do rio às costas de um sapo, faz o mesmo: a certo ponto da viagem, acaba por picar o sapo e deitar tudo a perder por água abaixo, incluindo a sua própria vida. Por isso, sempre fui contra a negociação com os pequenos e grandes sósias de Hitler que fui encontrando pelo caminho. Não há acomodação possível com essa gente. Devem ser afastados do poder e julgados em tribunais competentes."
O Ano Novo acontece no meio de um clima de incertezas causado pela nova variante da pandemia. As filas frente aos centros de testagem, que começaram há mais de uma dezena de dias e que vão continuar, demonstram a ansiedade que existe, os receios, as interrogações. Muita gente à nossa volta está afectada ou em isolamento. Quem tem de viajar de avião não sabe, até ao último momento, se o poderá fazer.
Esta situação vai durar mais algum tempo. Um tempo indeterminado. Terá, muito provavelmente, um impacto psicológico sobre as pessoas, quer se tenha consciência disso quer não.
Em finais de Novembro, Jens Spahn, que era então o ministro da saúde da Alemanha, disse uma frase que resume bem os riscos existentes: “No final deste inverno, cada pessoa na Alemanha estará ou vacinada, ou recuperada ou terá morrido”. Este aviso, que na altura pareceu exagerado, tem hoje um significado mais fácil de apreender.
Infelizmente, ainda temos pessoas que não se querem vacinar. Neste primeiro dia de 2022, o melhor voto que posso fazer é que mudem rapidamente de postura.
Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. A França preside a partir de amanhã, por seis meses, à União Europeia. E Emmanuel Macron vai ter, nesse mesmo período, uma eleição muito disputada. Bom Ano Novo, é o que desejo a todos.