A contraofensiva não chega para levar a negociações entre as duas partes.
Conseguir resultados com a contraofensiva antes da cimeira.
O conflito acabará por ultrapassar as fronteiras da Ucrânia.
Não se prevê nenhuma mudança de liderança política em Moscovo.
Não há entendimento possível com Vladimir Putin.
As sanções contra a Rússia não chegam para alterar o jogo político.
Um mundo novo: as superpotências perdem peso relativo; há novas superpotências na mesa de xadrez; há novas alianças. As relações de força voltam a ser o factor determinante.
Um acordo de parceria sólido entre a NATO e a Ucrânia. Que resista a mudanças de governos.
Sobre a UE:
A adesão à UE terá um efeito moral muito positivo sobre a Ucrânia.
Terá igualmente um impacto sobre a a atmosfera política que existe no seio da população russa.
A visita de seis chefes de Estado africanos a Moscovo e a Kyiv:
Liderados pela África do Sul, um dos BRICS.
O fornecimento de armas pela África do Sul aos russos e a querela com os EUA sobre esse assunto.
A delegação não inclui a NIG, o KEN, os PALOPS, a Comissão da UA.
Agenda discutida com Xi Jinping. Mas não com os Europeus nem com os EUA.
Contactos entre as partes: antes e depois de Kherson?
Vladimir Putin: não aparece na reunião entre Sergei Shoigu e Gen. Sergei Surovikin na quarta-feira, 9 de nov, onde a decisão sobre a retirada de Kherson é tomada publicamente
G20
Putin ausente: existe um isolamento diplomático em relação à Rússia?
O encontro entre Joe Biden e Xi Jinping: o que estará na agenda?
As eleições intercalares (midterm) nos EUA:
As previsões das sondagens e os resultados
Joe Biden e o seu futuro político
Donald Trump e as eleições presidenciais dentro de 2 anos
Ron DeSantis e o Partido republicano
ERDOGAN
PIB de USD12 600 em 2013 a USD 7 500 em 2022
Inflação 83% pelo menos
A questão curda PKK 20% da população turca (total 82 milhões) os curdos da Síria que estão na Suécia
Os tópicos do dia, tratando-se da agenda internacional, claro:
CHINA
O 20º Congresso do Partido Comunista Chinês: que conclusões tirar?
O incidente durante a sessão final do Congresso com o Antigo Presidente Hu Jintao
O poder absoluto de Xi Jinping poderá levar a uma crise interna e ou/externa? Quais são os grandes desafios?
Por que razão não desempenha a China, que está sempre a falar de soberania e da importância do multilateralismo e da ONU, um papel mais activo na resolução do conflito ucraniano?
UCRÂNIA-RÚSSIA
Qual é o objectivo actual da Rússia no que respeita à agressão contra a Ucrânia?
E a questão dos drones iranianos: qual deve ser a resposta da UE?
Que levou Lloyd Austin e Sergei Shoigu a falar por videoconferência na sexta-feira, depois de 5 meses de silêncio? E hoje com os ministros da Defesa turco, francês e britânico?
Qual será a política do novo governo italiano em relação à Rússia e à Ucrânia?
Este é o link para a minha crónica de hoje no Diário de Notícias.
Cito as seguintes linhas: "Este outono e inverno serão um momento muito crítico para as economias e para a estabilidade política na Europa. Chegaremos ao fim ou mais coesos e com uma união mais forte, ou então profundamente divididos, com cada Estado a puxar a brasa ao seu umbigo nacional. Para se ir no bom sentido, será necessário atuar em três frentes. Num acordo sobre as questões energéticas, com um quadro de referência comum, que seja respeitado por todos. Num apoio sem falhas à luta legítima e vital pela soberania e a democracia na Ucrânia. E numa posição firme, inequívoca e certeira - estratégica - perante as ameaças de Vladimir Putin."
A agressão russa contra o povo da Ucrânia atingiu hoje um nível ainda mais horrendo. Estamos agora na fase dos crimes de guerra em série e da destruição em massa de bairros urbanos. Mariupol ficará na história como a Guernica da era contemporânea. E a destruição urbana será vista como uma repetição dos crimes praticados pelos russos na Síria e na Chechénia.
Esta nova fase exige medidas drásticas, do ponto de vista económico e financeiro, contra a Rússia. Pede igualmente que se insista junto dos grandes países do mundo para que condenem os crimes que estão a ser praticados na Ucrânia.
É possível que medidas económicas e financeiras não sejam suficientes. A exigência absoluta já não é apenas fazer parar a guerra. Os actos praticados pelo regime de Vladimir Putin mostram que é preciso acabar com esse regime, que representa um perigo excepcional, por causa do armamento nuclear, para a paz e a segurança da Europa e de outras nações, bem para além do espaço europeu.
Ainda é cedo para comentar a actuação dos dirigentes partidários no seu caminhar para 30 de Janeiro. Neste momento, estamos na fase do fecho das listas de candidatos. Cada dirigente gere a coisa como muito bem entende. É tudo uma questão de equilíbrios internos, em cada partido. Tem muito pouco a ver com a visibilidade ou a qualidade dos candidatos, embora em vários casos as listas estejam cheias de gente que tem algum peso local ou nas autarquias.
A verdade é que as campanhas são feitas pelos chefes e poucos outros. Será o que esses vierem a dizer que contará e trará votos.
Estas eleições são importantes. Todas as eleições são importantes, na realidade. Mas estas acontecem num período que se segue à grande crise pandémica. Vão ter os dinheiros europeus – muitos milhares de milhões – para gastar. Por isso, são particularmente importantes.
Deveriam ser uma oportunidade para mostrar que se pode modernizar o país, desburocratizar a administração pública e tornar a vida dos cidadãos mais segura e mais fácil. Esses são os grandes desafios. As intervenções políticas deveriam concentrar-se nessas coisas.
Liderar implica estar atento às preocupações das pessoas. E saber dar voz e sentido a essas preocupações. Ou seja, é preciso manter uma ligação permanente com os cidadãos. O erro de muitos políticos é confundirem elitismo com liderança. As elites tendem a relacionar-se apenas entre elas e a ignorar o resto das pessoas, as gentes comuns. E assim acabam por falar uma linguagem que nada diz à generalidade das pessoas, uma linguagem que não é entendível e que é vista como uma maçada, um aborrecimento, um falar à “político”.
Ainda recentemente um amigo meu escrevia um texto sobre a reforma do Estado, que faria se estivesse no poder. Foi uma escrita enfadonha, cheia de lugares-comuns e de frases feitas, que são frequentemente repetidas, mas que nada dizem de concreto às pessoas. É como a conversa sobre a redução dos impostos, uma bandeira frequente de vários políticos. Juram a pés juntos que os irão baixar, mas não explicam que relação haverá entre essa descida e a modernização e racionalização de certas funções do Estado. Ora, sem uma reorganização de certos serviços – é preciso dizer quais – não é possível poupar nas despesas públicas. E sem isso, não há imposto que diminua. Também deveriam dizer que a alta taxa de imposição tem muito que ver com o mau funcionamento da administração pública. Há muito dinheiro que é gasto em burocracias inúteis e em serviços que poderiam ser agrupados ou reorganizados. Assim se faz noutros países, incluindo em países de desenvolvimento intermédio. Há que enumerar esses serviços, proceder a uma avaliação em profundidade e reestruturar.
Assim se ganharia apoio popular. E se faria política de uma maneira mais séria e mais eficiente
Duas breves notas políticas, tendo em conta a actualidade que se vive. Primeira: a ironia nem sempre é entendida. Pode mesmo acabar por ser utilizada contra quem a procurou utilizar. Em coisas sérias, como por exemplo em questões de defesa, é melhor ser-se claro e chamar os bois pelos nomes. Segunda: recuar, quando se tem razão, é sinal de fraqueza. Diminui a credibilidade do líder que assim procede. E a credibilidade é um bem precioso
O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a data das eleições, depois de ter explicado o raciocínio político que seguiu para chegar à conclusão que se justificava dissolver a Assembleia da República. Fechou, assim, dois capítulos: o referente à queda do governo e a discussão sobre a data das eleições.
Agora, cabe aos partidos prepararem-se para convencer os eleitores, aqueles que ainda podem ser convencidos. Sim, porque uma parte do eleitorado vota sistematicamente pelo seu partido, como se tratasse de uma relação de fidelidade absoluta. Mas há os outros, que votam consoante as circunstâncias e as personalidades em cena. É essa parte do eleitorado que precisa de ser ganha. Cada partido deve fazer uma análise aprofundada do eleitorado que poderá captar, para além dos fiéis. E dirigir toda a sua campanha nesse sentido. Deve, igualmente, entender claramente quais são as razões ou temas que poderão levar à perda de votos. E falar deles, responder à desconfiança ou às críticas, esclarecer.
Claro que cada partido deve ter um programa de governação. Mas o mais importante é saber dirigir-se aos potenciais eleitores, aos cidadãos que poderão potencialmente acrescentar o seu voto aos votos dos fiéis.
Este blog não promove nenhum partido. Mas não fica indiferente perante uma campanha eleitoral.