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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Contrastes

https://www.dn.pt/opiniao/da-taverna-da-aldeia-a-aldeia-global-15492469.html

Link para minha estranha crónica d ehoje no Diário de Notícias. 

Cito umas linhas. 

"Acho tudo isto inquietante. Mas o que de facto preocupa o meu amigo é saber que as teorias conspirativas são cada vez mais recetíveis junto de segmentos da população. Sobretudo, se as patranhas vêm de Moscovo. No leste da Alemanha ainda há muita gente que foi educada durante o regime comunista e que acredita em todo o tipo de baboseiras, principalmente se tiverem os americanos como os maus da fita. A linha narrativa é sempre a mesma: os caubóis têm como objetivo controlar a Europa, sob a capa da NATO. E, para começar, impedir a Alemanha de comprar o gás barato vindo da Rússia. E rematam que quem não vê isso é limitado da carola.

A filosofia política dessa gente é de um simplismo alucinante."

 

Olaf Scholz a marcar o terreno e o lugar da Alemanha

Olaf Scholz é um político pouco habitual. Não tem manhas, não grita, não insulta os oponentes, não despreza os jornalistas, não mostra arrogância. Muito o contrário do que temos aqui por casa. Mas é o chanceler da Alemanha, desde o final do ano passado, e por isso, tem peso e deve ser ouvido.

No início da semana, proferiu um longo discurso na velha e prestigiosa Universidade Charles de Praga. Falou da sua visão da Europa.

Foi um discurso positivo, que defendeu a reforma das instituições e dos tratados, o papel geopolítico da União Europeia, o distanciamento em relação à Rússia, mas também uma maior autonomia no que respeita ao relacionamento com os Estados Unidos, o alargamento aos Balcãs e a Leste, e mais. Também reconheceu a tragédia que a Alemanha criou na Europa de há oitenta anos e o facto de isso continuar a pesar na consciência colectiva alemã.

Com a crise criada pela Rússia, o centro de gravidade política da Europa está a mover-se para Leste. Os polacos, os bálticos, os nórdicos, e outros, estão a tornar-se cada vez mais determinantes na definição da agenda europeia. A Alemanha considera que pode fazer a ponte entre esse grupo e o lado ocidental da UE. O discurso de Scholz pode ser visto a partir desse prisma.

 

Olaf Scholz

O discurso que o Chanceler alemão, Olaf Scholz, pronunciou ontem no Bundestag, o Parlamento federal, foi memorável. Constituiu uma viragem histórica, no que respeita a política externa da Alemanha. Se os analistas não estivessem inteiramente focados na crise ucraniana, estariam agora a comentar o que Scholz disse. E também sublinhariam que o líder da oposição, da CDU de Angela Merkel, apoiou sem reservas o que o Chanceler social-democrata anunciou. Ou seja, a quase totalidade dos representantes políticos ao nível federal aprovou as novas orientações em matéria de política externa.

Um dos aspectos mais relevantes é promessa de, a partir de agora, investir na modernização e na eficácia das forças armadas do país. É a famosa questão dos 2% do PIB serem gastos na área da defesa. Um outro aspecto refere-se a investimentos no domínio da energia, de modo pôr um ponto final à dependência em relação à Rússia. Lamentavelmente, no entanto, a nova política energética assenta na expansão da importação de gás liquefeito – para isso serão construídos dois novos portos especialmente apetrechados – e na revisão das decisões que levaram ao fecho das centrais nucleares.

Muito do que disse teve como pano de fundo a ameaça que Vladimir Putin representa. Muito especialmente, a agressão contra a Ucrânia.

 

Os Britânicos, os Alemães e nós

Hoje, a Alemanha decidiu impor uma quarentena de duas semanas aos viajantes provenientes do Reino Unido. Está preocupada com a incidência da nova estirpe indiana no seio da população britânica.

Entretanto, Portugal começou a receber de braços abertos turistas vindos do Reino Unido. Mostra, mais uma vez, que não há, no seio da União Europeia, um tratamento unificado da pandemia.

E a coisa pode ficar complicada, de novo, em Portugal. Depois das festas desportivas e outras comemorações, e agora com a abertura das viagens turísticas, os números estão a aumentar. Se o nível de contágios atingir o patamar critico, os países começarão a colocar o nosso na lista vermelha. Isso iria comprometer seriamente o período de férias de verão.

Nas ruas, é cada vez mais frequente ver gente sem máscara. Andam com ela no braço. Esta atitude deve ser combatida por quem tem a responsabilidade de o fazer. A ideia de que a pandemia está a ficar vencida é uma ideia que ainda pode custar caro. A nossa economia não pode fazer frente a uma nova vaga. Prudência e comportamentos cívicos deveriam continua a ser as palavras de ordem.

A União Europeia e a China

Nos últimos cinco anos – e a tendência continua – a China tem sido o parceiro comercial mais importante da Alemanha. Em termos de importações, por exemplo, a Alemanha importou da China em 2020 mercadorias no valor de 116 mil milhões de euros. E, apesar da pandemia, o comércio entre ambos cresceu 3% em relação ao ano anterior.

Tudo isto tem grandes consequências geopolíticas. A posição da Alemanha no que respeita à China pesa muito na definição da política da União Europeia. É isso que explica a aprovação, uns dias antes do final do ano passado, do acordo mútuo EU-China sobre investimentos.

A França e a Itália também têm interesses económicos importantes, quando se trata da China. Mas ficam muito atrás da Alemanha.

A Rússia de Putin é um caso sério

(...)

"No meio de tudo isto, os europeus prolongaram as sanções contra a Rússia até julho de 2021. Estas medidas, que vêm de 2014 e estão relacionadas com as intromissões armadas russas na Ucrânia e a ocupação da Crimeia, têm um campo de aplicação pouco abrangente. Não incluem, por exemplo, a suspensão da construção do gasoduto Nord Stream 2, que ligará a Rússia à Alemanha através do Báltico. Aliás, um outro título da semana foi para anunciar que os trabalhos de instalação do gasoduto haviam recomeçado e entrado mesmo na fase final.

A realidade é que os dirigentes da UE não têm uma visão política clara do que deve ser o relacionamento com a Rússia de Vladimir Putin. Tem havido muito debate sobre a questão, incluindo o desenho de cenários possíveis, mas não há acordo."

Extracto do meu texto de hoje na edição impressa do Diário de Notícias. 

A nossa capacidade de atrasar o que é urgente

A minha leitura entrelinhas do que diz a ministra da Saúde é que a campanha de vacinação vai ser feita às pinguinhas. É uma noção muito única do que significa responder eficaz e prontamente a uma urgência nacional. Entretanto, na Alemanha já estão a ser construídos os centros de vacinação em massa, aproveitando pavilhões desportivos e outras infra-estruturas. Assim, talvez não seja uma má ideia começar a planear umas excursões de portugueses à terra de Angela Merkel.

A Grécia e o vizinho turco

O texto que publico esta semana no Diário de Notícias, na edição deste sábado, analisa o conflito marítimo entre a Grécia e a Turquia, com uma referência especial ao regime do Presidente Erdogan. A Turquia de Erdogan representa um grande desafio para a Europa. Esta tem que falar claro e por Erdogan no seu lugar. Não deve haver espaço para ambiguidades. Os riscos são enormes. Erdogan pode criar problemas existenciais à União Europeia. Já conseguiu paralisar a NATO. Mas o seu grande objectivo é o se mostrar forte e determinante em relação à Europa. Precisa disso para poder continuar a apostar nos projectos megalómanos que tem em curso no seu país. Como também precisa de aparecer perante o eleitor turco mais simples como um nacionalista e um restaurador da grandeza turca.

O semestre de Angela Merkel

A Alemanha de Angela Merkel vai estar à frente da União Europeia neste segundo semestre do ano, que hoje começa. Esta é certamente uma boa notícia para quem acredita no projecto comum e sabe quais são as grandes dificuldades que o mesmo enfrenta. A Europa está numa crise única, 75 anos após o fim da guerra, que fora, obviamente, um outro período de grande perturbação.

As crises dividem as pessoas, os países e as relações entre os Estados, mesmo entre os aliados. A Chanceler terá que encontrar meios para resolver as fracturas que existem no seio da União. Essa é uma das tarefas mais urgentes. É a sobrevivência do projecto comum que está em jogo. Juntam-se a ela a negociação com os britânicos, as tensões com os americanos, os conflitos com os russos e os turcos, a problemática do relacionamento com a China, e tudo o resto, que inclui a Síria, a Líbia, o Sahel, as migrações e o clima.

 Não faltam problemas para resolver. Têm faltado liderança e coragem política. É nesses domínios que espero ver algum movimento. Angela Merkel vai ter que marcar a agenda, exercer uma presidência activa. Creio que o fará, na medida em que esta presidência surge nas vésperas da sua saída da cena política – prevista para o próximo ano – e que uma das suas preocupações deverá ser a de deixar um legado europeu durável.

Vamos começar o semestre com alguma pitada de optimismo, coisa difícil de arranjar nestes tempos bem complicados.

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