O Senhor Augusto Santos Silva é um patusco que por razões partidárias e compadrios é Presidente da Assembleia da República. Quem o conhece sabe que é um diamante à espera de ser polido. O problema é que muitos diamantes, uma vez trabalhados, saem com uma forma errada e acabam por ir para o caixote onde se guardam as pedras que apenas servem para cortar vidro.
Mas quem esteve com ele na Assembleia da República, naquela charla após o discurso do Presidente Lula da Silva, também é politicamente tosco. Aquilo parecia uma conversa de amigos, e não de personalidades do Estado, após uns aperitivos bem regados.
É este o nível de quem dirige algumas das instituições da República.
Perante isto, vou recomendar à minha porteira, que é viva como o diabo, que se candidate às próximas presidenciais. É preciso evitar que o Augusto tenha qualquer tipo de hipótese.
A positiva vai para o empenho que o primeiro-ministro António Costa mostrou na condução dos assuntos europeus, ao longo do semestre que ontem terminou. A presidência portuguesa do Conselho Europeu mostrou iniciativa, trabalho e resultados. Foi um período difícil, com picos de pandemia e um acentuar das tendências ultranacionalistas de alguns estados-membros. Mas António Costa, Augusto Santos Silva e o embaixador em Bruxelas junto da União Europeia, Nuno Brito, fizeram um bom trabalho.
A nota negativa é sobre o que se passa à volta do ministro Eduardo Cabrita. Costa sabe perfeitamente que essa personalidade é um desastre e que está a roubar credibilidade ao governo, em especial ao próprio primeiro-ministro. Cabrita devia ter assumido as responsabilidades do acidente na A6, ou seja, pedir que fosse feito um inquérito independente ao acontecido. Não o fez e ainda andou a meter os pés pelas mãos. A reacção do primeiro-ministro deveria ter sido aconselhar Cabrita a sair do governo pelo seu pé. O facto de não o ter feito, mostra um primeiro-ministro que pensa estar de pedra e cal no poder e que, por isso, não precisa de ter em conta o sentimento popular e as regras básicas de uma governação responsável. É uma atitude negativa.