A tecla da economia
O leitor não saberá quem é Bill Gross, que na próxima semana festejará os seus 70 anos de idade. Bill é o director-geral de PIMCO, um dos maiores fundos de investimento financeiro do mundo. Americano, e muito conhecido nos meios bolsistas, soube-se agora que recebe um salário anual de 200 milhões de dólares dos EUA. É um montante que ultrapassa todos os comentários que possam ser feitos sobre o assunto.
Acrescento que não faz parte das minhas relações. Lembrei-me dele quando ouvi Jerónimo de Sousa dizer que é uma vergonha, um exagero inaceitável, que a remuneração mensal do dirigente do novo banco do Estado, o chamado de fomento, esteja fixada em 13 500 euros brutos. Jerónimo terá certamente razão para falar assim, dirão muitos e bons.
Mas lembro que este blog, desde o princípio, criticou a criação de um novo banco de Estado. Portugal não precisa de mais bancos de burocratas. Precisa, isso sim, de ver as instituições financeiras existentes mais activas em termos de financiamento da economia privada. Precisa, também, de uma economia privada que seja ágil, capaz de responder às exigências dos consumidores e de competir com outras economias. É assim que se gera riqueza, empregos e impostos. É nessa tecla que temos que bater.