Burocracia económica e interesses partidários
O Conselho de Ministros português acaba de aprovar a criação de um “banco de fomento” e eu devo ser o único cidadão que vem publicamente dizer que não concordo. A economia nacional, que já é demasiado reduzida para os bancos que temos, não precisa de mais um banco. Ainda por cima, de um banco que não corresponde a um desenvolvimento comercial ou a uma decisão empresarial, mas isso sim, uma nova instituição burocrática, só com sede e sem balcões. Um “banco” que não é banco mas sim política e que vem financiar, segundo diz o governo, as PME, quando essa mesma linha de crédito para as pequenas e médias empresas poderia ser administrada pelos bancos existentes, dentro de regras claramente estabelecidas e sem novos encargos administrativos, novos tachos e outras mordomias. Esta é, uma vez mais, uma visão burocrática da economia, que serve apenas para fingir que se tomam novas iniciativas.
Claro que também serve para empregar mais uma série de fiéis membros dos partidos no poder.