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Crescemos quando abrimos horizontes

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Vladimir Putin está de visita a Minsk

A visita de Vladimir Putin a Minsk na Bielorrússia parece uma repetição do que aconteceu há um ano, quando, a pretexto de exercícios militares, estava a preparar a invasão da Ucrânia. É muito possível que se realize uma nova investida russa de grande envergadura contra Kyiv em fevereiro de 2023. Os indícios disponíveis mostram que essa possibilidade existe. Poderá ser um erro considerar que Putin quer apenas capturar os quatro oblasts situados no Leste e que foram formalmente – uma formalidade que não tem qualquer valor legal Internacional – declarados como territórios russos.

 

 

Cada vez mais isolado na cena internacional

Vladimir Putin participou na cimeira de ontem, na Arménia, dos países aliados da Rússia – a Organização do Tratado de Segurança Colectiva. E foi criticado por causa da questão ucraniana. Criticado pelos amigos, excepto pelo presidente da Bielorrússia. E a reunião terminou sem comunicado final, o que é bastante revelador. Foi mais uma prova, esta muito dolorosa, do isolamento diplomático de Putin.  

Estar na fotografia dos grandes

Estiveram reunidos em Praga, durante o dia de hoje, 44 chefes de Estado e de governo europeus. Tratou-se da primeira reunião de uma ideia muito vaga, lançada em maio por Emmanuel Macron, a que se deu o nome de Comunidade Política Europeia. Não se entende bem o que isso significa, mas a verdade é que todos os convidados compareceram. Incluindo, por exemplo, o presidente do Azerbaijão, que não é bem um democrata, mas que quer ser visto como um líder europeu. Mas o aspecto mais importante desta reunião foi o facto de a Rússia e a Bielorrússia não terem sido convidadas. Procurou, assim, marcar-se o isolamento desses dois países. A aceitação, por todos os outros, destas duas exclusões parece-me significativa. Ninguém manifestou qualquer tipo de objeção. O importante era não perder o seu lugar na fotografia de grupo.

Quando se erra, deve-se corrigir o erro

https://www.dn.pt/opiniao/a-lituania-e-borrell-erraram-devem-emendar-a-mao-14962082.html

Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. Despertou muito interesse. 

Cito de seguida umas linhas desse texto.

"Para mais, tudo isto tem uma conotação política muito delicada. Abre-se, deste modo, uma nova frente de confrontação direta entre a UE e a Rússia. Particularmente perigosa e que nos distrai da preocupação fundamental, urgente e prioritária, que é a de concentrar todas as energias no apoio à Ucrânia e aos seus esforços de legítima defesa. É perigosa porque oferece à Rússia um pretexto fácil de explorar para uma investida muito forte contra a Lituânia, um país membro da NATO. Ora, a Lituânia, tal como os seus dois vizinhos mais a norte, a Letónia e a Estónia, é muito difícil de defender. Vários exercícios estratégicos, simulados ao mais alto nível de comando da NATO - tive a oportunidade de participar em alguns - mostraram repetidamente a fragilidade extrema de qualquer um desses três países, no caso de uma intervenção militar hostil vinda da vizinhança. São territórios pequenos, sem profundidade estratégica, fáceis de ocupar. Abrimos, assim, um conflito num ponto fraco do nosso espaço de defesa. Não é certamente uma decisão estratégica inteligente, menos ainda sensata. Mais, não havia necessidade."

Migrações, geopolítica e humanismo

https://www.dn.pt/opiniao/uma-europa-para-alem-do-arame-farpado-14330677.html

O link acima permite a leitura do meu texto de hoje no Diário de Notícias. 

"As migrações em massa do Sul para o Norte serão um dos fenómenos mais marcantes desta e das décadas seguintes. A UE não pode fingir que não vê a tendência. É inaceitável deixar uma matéria dessa importância ao critério de cada Estado-membro. A questão deve ser tratada em comum. E o assunto tem de se tornar numa das principais linhas de debate da Conferência sobre o Futuro da Europa."

Esta é uma citação do aí escrevo. 

A fronteira dos horrores

A crise na fronteira entre a Bielorrússia e a Polónia tem várias dimensões. A mais imediata é de natureza humanitária, com milhares pessoas, incluindo crianças, a passar fome, frio e humilhações constantes. Algumas já morreram congeladas. 

Mais ainda, não se sabe quantos milhares de pessoas estão encurraladas entre os guardas de um lado e do outro. Mas sabe-se que são tratadas com violência extrema por ambos os lados. E essa é uma questão central, que toca directamente no cerne dos valores europeus, do respeito pelas pessoas e da protecção dos mais frágeis. 

Alexander Lukashenko está claramente a aproveitar-se da miséria de certos povos. Mas o nosso lado não pode ficar indiferente perante o sofrimento de quem se deixou manipular, gente que vive em contextos tão complicados que qualquer promessa, por mais ilusória que possa ser, traz sempre um fio de esperança.

 

Zapad 2021: mostrar os músculos ao inimigo

As forças armadas russas estão a levar a cabo o exercício Zapad 2021. Este exercício militar decorre junto das fronteiras da União Europeia. Tem lugar todos os quatro anos. O de agora é o maior exercício realizado na Europa nos últimos 40 anos. Participam nele cerca de 200 mil militares, alguns deles vindos da Bielorrússia. Segundo as normas em vigor, deveria ter observadores da NATO. Mas os russos declararam que o exercício só mobilizaria 13 mil efectivos, uma mentira que lhes permite furar a obrigação de convidar observadores ocidentais.  

No essencial, trata-se de simular uma invasão do território russo por tropas ocidentais e, em seguida, treinar a resposta e expulsar os invasores. Para isso, o exercício integra cerca de 80 aviões e helicópteros, 300 tanques e 15 navios. Uma parte da simulação passa-se no Árctico, que é um novo foco de possíveis tensões entre a Rússia e o Ocidente.

É um exercício convencional, como se as guerras de amanhã fossem como as de ontem. Os russos sabem que assim não é. São, aliás, especialistas em novos tipos de agressões, híbridas e aquém do limiar que provocaria uma declaração de guerra. Mesmo assim, fazem um exercício clássico, para mostrar a todos, incluindo à sua população, que a Rússia tem poder militar para dar e vender. É uma exibição de força, tradicional mas efectiva.

 

 

Vladimir e o seu amigo Alexander

O meu texto desta sexta-feira, no Diário de Notícias, despertou muita atenção, não apenas porque Lukashenko continua a ser um vilão actual, mas também por ter mostrado que vários regimes têm uma política de perseguição dos seus oponentes residentes no estrangeiro. Um dos casos pouco conhecidos é o do Ruanda. O Presidente Paul Kagame, a quem reconheço o mérito de haver unificado e desenvolvido o país, persegue activamente os seus inimigos, dentro e fora de portas. Incluindo os pobres refugiados ruandeses que vivem em campos no vizinho Uganda.

O texto também fez surgir algumas objecções. Particularmente dos meus amigos que olham para Lukashenko e vêem nele o que ele não é, uma espécie de sobrevivente dos ideais comunistas. Parece impossível, mas é verdade, um crente é um crente e vê aparições da sua fé mesmo nos bigodes de Lukashenko. Por isso, uma crónica como a minha é vista com umas lentes especiais, que fazem ler o que lá não está escrito. A prosa era sobre a democracia e sobre os direitos e as liberdades fundamentais. Também sobre o respeito pelas normas internacionais. Ou seja, uma série de coisas que o ditador viola sistematicamente, para a grande infelicidade do povo da Bielorrússia.

Entretanto, o neofascista da velha guarda foi passar o fim-de-semana a Sochi, na estância balnear que é tanto do agrado do seu amigo Vladimir Putin. E seguiu-se uma série de imagens de ambos, a andar de barco, a conviver, a mostrar a paixão que os anima. A mensagem fundamental de tudo isso é clara: Lukashenko tem a protecção de Putin, não pensem em tocar-lhe.   

 

 

Atacar a oposição sem limites nem fronteiras

https://www.dn.pt/opiniao/lukashenko-em-voo-picado-13775380.html

Este é o link que permite ler o meu texto de hoje no Diário de Notícias. E que abre a polémica...

Cito, de seguida, o primeiro parágrafo desse texto. 

"Para alguns Estados, a repressão dos dissidentes não conhece nem limites nem fronteiras. Vale tudo, quando alguém é considerado inimigo do regime. Mesmo quando vive no estrangeiro, convencido que está mais seguro. Pode, todavia, não estar, se for considerado pelos criminosos que controlam o poder no seu país de origem como um alvo a abater. Certas ditaduras têm um braço repressivo muito longo. Não têm pejo de agir em terra alheia e de praticar assassinatos, raptos, ou proceder a acusações frívolas ou sem fundamento, de modo a forçar a Interpol a emitir avisos internacionais de captura e repatriamento. Noutros casos, intimidam brutalmente os membros da família que ficaram no país, com o objetivo de calar o opositor que se encontra noutras latitudes."

Um regime criminoso chefiado por Lukashenko

O regime de Alexander Lukashenko é um governo dirigido por um criminoso e administrado pela clique que ainda não saiu da mentalidade soviética. Ontem, Lukashenko deu mais um passo na direcção do abismo, ao organizar uma operação de pirataria aérea contra um voo civil, que viajava entre duas capitais da União Europeia. Foi um passo de gigante, um acto de terrorismo de Estado, inadmissível.

A resposta dos líderes da UE tem de ser tão forte e clara quanto possível. Uma reacção fraca e confusa seria um tiro nos pés, para os europeus, e um incentivo para praticar mais crimes, por parte de Lukashenko. E já começou, este serão, com a proibição de voos para a Europa da companhia oficial da Bielorrússia, e com a interdição, para as companhias aéreas da UE de sobrevoar o espaço desse país.

Mas é preciso mais e sem demoras. Devem ser adoptadas medidas políticas, diplomáticas e económicas. E a companhia aérea visada deve introduzir uma queixa formal, num tribunal europeu – em Vilnius, por exemplo – contra Lukashenko e o chefe das operações de controlo aéreo da Bielorrússia. É fundamental que eles saibam que são considerados suspeitos de crimes contra a segurança de um avião civil e de desvio – hijacking – de uma aeronave.

O criminoso que manda na Bielorrússia desafiou os líderes europeus. Estes têm de saber responder ao desafio.

 

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