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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Quem se lembra de Portugal?

Um dos truques utilizados pelos serviços secretos é o de tentar manchar o bom nome de um inimigo. É uma maneira simples de tentar retirar credibilidade a quem nos ataca. De o enfraquecer, para que os ataques percam peso.

 

Aparentemente, tal aconteceu nas últimas vinte e quatro horas, em relação a Julian Assange.

 

Julian, o fundador do sítio Wikileaks, havia divulgado milhares de documentos confidenciais, classificados e top secretos, relativos a operações militares aliadas no Afeganistão. Já aqui escrevi sobre isso. Esses documentos revelam aspectos que põem em causa a maneira de operar dos ministérios de defesa dos Estados Unidos e de outros países, bem como as políticas seguidas pelos governos comprometidos no Afeganistão.

Tem mais documentos para revelar. O que ira' acontecer em breve. Por esse motivo, criar complicações de imagem e mesmo de polícia a Julian é uma táctica que seria de esperar. Esta' nos manuais. Ontem, um tablóide sueco, certamente inspirado por agentes especiais vindos sabe-se lá donde, dizia que Julian era procurado pela justiça, acusado que seria de violação e de outro crime sexual, na Suécia. Hoje, isso foi tudo por água abaixo. Já não é procurado. Ou seja, a tentativa de denegrir não deu resultado, que o sistema sueco funcionou. E limpou o nome.

 

Deveriam ter feito a acusação em Portugal. A nódoa teria ficado. Só que ninguém se lembra de Portugal, lá fora. Que alívio, não é?

O derrame do conflito

Na Visão, publico um texto sobre a BP, o derrame de petróleo no Golfo do México, as repercussões políticas, domésticas e externas, desta crise, partilho uma experiência de trabalho com as grandes multinacionais do petróleo, até falo mesmo de futebol...

 

O artigo está disponível no sítio da revista:

 

http://aeiou.visao.pt/para-desempatar=f562542

 

Agradeço a leitura e os comentários.

O empate

A principal conclusão do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Caso da TVI foi tornada pública. É uma conclusão que, em qualquer democracia avançada, levantaria sérias questões políticas. Quantas carreiras políticas não terminaram por razões bem menores? Em Portugal, na Itália, e noutros países do mesmo género, não é bem assim. Acusam-se uns aos outros de serem o que de facto são e, depois, tudo é esquecido e cada um continua a fazer o que pode e o que quer.

 

Nos dias de hoje, dir-se-ia que foi golo mas que ficou tudo empatado. Como sempre.

Um Primeiro de Maio em crise

Ontem não houve escrita. Mas, não foi por estar em greve.

 

Por falar em greve, penso que se trata de um direito amargamente adquirido pelos trabalhadores e que deve ser respeitado, sem hesitações. Existem, todavia, circunstâncias, quando a crise é tal e tão profunda, que devem fazer ponderar, com muito cuidado, o recurso a esse tipo de combate social. Nessas alturas, os líderes devem procurar o diálogo a todo o custo.

 

A situação na Grécia, em Portugal, e noutros países da UE exige, mais do que nunca, muita sabedoria na concertação social. Os anos futuros vão ser tempos de vacas magras. Só um esforço patriótico, partilhado e bem compreendido por todas as partes, vai permitir ultrapassar essa fase difícil. Temos a responsabilidade de contribuir para a clarificação do que é preciso fazer e cada actor social terá que entender qual o papel que lhe corresponde.

 

O essencial é estar à altura dos desafios.

Novas fronteiras do jornalismo

No quadro dos Dias do Desenvolvimento, participei hoje na discussão sobre Media, Cidadania e Desenvolvimento. O IPAD, o organismo público que se ocupa da cooperação, é o grande patrocinador destas jornadas. Várias entidades, sobretudo ONGs, aproveitam a oportunidade para expor o que fazem. A antiga FIL é o local de acolhimento da iniciativa.

 

A discussão sobre os media teve como motor a ACEP, a Associação para a Cooperação entre os Povos, uma ONG com um passado credível.

 

Na minha interevenção mencionei que a fronteira entre o jornalismo profissional e o dos cidadãos está a precisar de ser repensada. Hoje existem, no mundo, segundo uma estimativa com um certo fundamento, 115 milhões de blogs. Um número impressionante. O país que proporcionalmente mais bloga é a Coreia do Sul. Se apenas 1% dos blogs do globo se ocupasse de questões políticas próximas das relações internacionais e do desenvolvimento, estaríamos a falar de mais de um milhão de blogs. Muitos desses bloggers estão mais perto e mais por dentro dos acontecimentos que os jornalistas. São, por isso, uma fonte inesgotável e indispensável de informação. Nem tudo o que dirão fará sentido, mas haverá muito que pode ser aproveitado.

 

Neste contexto, que papel deve assumir o jornalista profissional?

 

 

Um pulo

O aeroporto de Bruxelas estava às moscas. A maior parte dos voos haviam sido cancelados, uma vez mais. Coisas de gente que não está para arriscar. O avião da tarde, para Lisboa, foi um dos poucos a bater as asas e fazer-se às cinzas. Um dos meus companheiros de viagem havia passado quatro dias num dos hotéis do aeroporto. Ontem, um homem, com sentido de oportunidade, meteu-se à fala com ele, na recepção do hotel. Disse-lhe que por 2000 Euros o conduziria a Lisboa.

 

Há sempre um negócio possível, nos momentos de grande confusão.

 

Três patuscos, duas mulheres e uma coisa parecida com um homem, velho, barba de vários dias, e meio morto de não sei quê nem por que razão, viajaram igualmente. Gente com muitas décadas em cima das banhas. No aeroporto, enquanto as mulheres falavam, num daqueles vernáculos que faria corar um cabo velho da velha GNR, sobre pessoas suas conhecidas, gente da emigração, dura como as pedras e tosca como um carvalho dos antigos, primária na sua maneira de viver a vida, mas com sucesso financeiro, o farrapo ia emborcando umas cervejas, à falta de uma boa aguardente de aldeia das brenhas natais. Já a bordo, enfiou mais duas, para chegar à meia dúzia. Fora o gesto de levar a lata ao buraco da boca, pouco mais mexia, naquele corpo que já viu outros ritmos de energia. Quarenta anos de emigração dão umas coroas para um processo de embrutecimento alcoólico, a juntar ao resto.

 

Fora isso, o embaixador da Guiné, também previsto no trajecto, faltou à chamada. Anda escondido, ao que parece, nos becos mais escuros de Bruxelas, que Bissau não lhe envia meios há tempos que já não têm conta. Os credores devem andar loucos, à procura do senhor embaixador ou de quem responda por ele. Isto de ser o representante de um país que avança para o futuro em marcha atrás tem que se lhe diga. 

Horizontes fechados

 

N'Djaména está sem ligações aéreas com o resto mundo desde Quinta-feira. Completamente isolada. Sucessivas tempestades de areia e de pó fino fecham o horizonte e paralisam a vida quotidiana. As casas, as máquinas, as pessoas, está tudo com uma camada de pó, como se fosse uma nova pele, bem espessa, que se viesse sobrepor ao coiro duro que a natureza nos deu. O pó não pede licença para entrar no íntimo das nossas vidas. Penetra por todos os orifícios, enche-nos a boca e a os miolos, fica tudo emperrado, com o sabor da terra seca a dominar-nos o pensamento.

 

Só quem tenha experimentado este tipo de fenómenos climáticos pode compreender o que é viver no meio de nuvens de poeira.

 

A minha viagem de regresso, prevista para amanhã, está agora suspensa no ar pesado que sopra dos desertos. Será que vou poder voar? Hoje à noite, o prognóstico é muito negativo.

 

 

Madeira precisa de uma onda de fundo

 

Tem que haver uma onda de fundo, de solidariedade nacional, para ajudar a Madeira. Os Portugueses têm que se mobilizar e mostrar que, nos momentos de grandes desafios, somos todos um só povo, uma nação unida pela dor e pela esperança.

 

Que a Madeira seja o estandarte do que há de melhor no coração do nosso País.

Um SNS caricato

 

Diz um leitor, num comentário de hoje, que a saúde não se interessa pelos pobres. Que os pobres são humilhados todos os dias nos centros públicos de saúde.

 

Não posso estar mais de acordo. O SNS é uma caricatura.Os utentes são tratados com desprezo. Um velho senhor da política, que sempre aponta o estabelecimento do SNS como uma grande iniciativa do seu partido, um momento histórico na governação que esse partido liderou, nunca deve ter utilizado o sistema. Vive, como em muitas outras áreas, numa ilusão política.

 

Quem é pobre confronta uma realidade bem mais diferente. Veja-se, a título de exemplo, o que o meu leitor conta.

 

Este é um dos aspectos da política portuguesa que terá que mudar.

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