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Crescemos quando abrimos horizontes

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Lula da Silva e o ângulo positivo

O Presidente Lula da Silva está entre nós em visita oficial. As declarações que hoje fez na cerimónia de boas-vindas foram positivas. Fica-nos, no entanto, a impressão de que Presidente brasileiro é inconsistente. Quando visita a China diz uma coisa, depois em Portugal, sobre o mesmo tema da agressão russa contra a Ucrânia, diz algo completamente diferente. É um bocado ao gosto do cliente. Para nós, o que interessa é o dito em Lisboa. Esta é uma maneira de encarar a personalidade de Lula da Silva de modo positivo. Ganha-se mais com essa interpretação positiva do que com uma crítica negativa da sua política em relação à Rússia e à China. Acreditemos que o Presidente procura de facto encontrar uma via para a paz. O Brasil não tem um peso internacional suficiente para desempenhar um papel de liderança na resolução da crise criada pela Rússia. Mas é importante que apareça como um país do chamado Sul Global – um eufemismo que está na moda – preocupado com as questões da paz e pronto para intervir na procura de uma solução para uma guerra na parte mais desenvolvida do mundo.

 

Uma crónica da semana

https://www.dn.pt/opiniao/a-china-como-tema-central-e-o-resto-16213298.html

Este é o link para a minha crónica de hoje no Diário de Notícias. Cito, de seguida, umas linhas extraídas da mesma. 

"A visita de Sergei Lavrov também não ajudou. Ao ir apenas a Cuba, à Nicarágua e à Venezuela, para além do Brasil, Lavrov como que arrastou o Brasil para o círculo das ditaduras latino-americanas, um clube a que o país não pertence. Não há nenhuma comparação possível entre a democracia brasileira e esses outros regimes. A deslocação do ministro mostrou ainda que o apoio com que Moscovo pode contar na região nem chega aos dedos de uma mão. Para quem fala na construção de um mundo multipolar, a coisa soa a pouco."

E agora, caro Lula da Silva?

Lula da Silva não tem a sofisticação necessária para ser um mediador num conflito tão complexo como aquele que foi criado pela invasão russa da Ucrânia. Lula tem uma visão simplista das relações internacionais. Por outro lado, está ideologicamente muito alinhado com a Rússia e a China. Assim, não pode ser conhecido como um mediador independente. Estas são duas enormes dificuldades que impedem o seu desempenho na resolução do problema criado pela Rússia.

A visita da Lavrov a Brasília complicou ainda mais as ambições do Presidente Lula. Lavrov veio colocar o Brasil no mesmo patamar em que se encontram outras ditaduras latino-americanas: a Venezuela, a Nicarágua e Cuba. Demonstrou também que a Rússia não tem aliados na América Latina, para além dos Estados antidemocráticos e marginais que o ministro agora visitou.

Nas declarações públicas efectuadas por Lavrov ficou claro que a Rússia quer pôr um ponto final à sua violação da lei internacional, mas que para isso exige tirar benefícios da sua expedição militar contra a Ucrânia, guardando para si as quatro províncias que reivindica no leste da Ucrânia, e que seriam acrescentadas à ocupação que fez na Crimeia em 2014. Isto quer dizer que a agressão que iniciaram em fevereiro do ano passado se saldaria com ganhos para a Rússia. Uma situação dessas é inaceitável e viola claramente o princípio da soberania nacional da Ucrânia.

É verdade que tudo pode acontecer nos próximos meses, tendo presente o impasse em que ambos os países, o agressor e o agredido, se encontram. Mas o impasse não pode de modo algum justificar, em 2023, a conquista de territórios vizinhos pela força.

O Brasil e a Ucrânia

Hoje, no noticiário das 21:00 da CNN P, fiz referência à posição do Presidente Lula da Silva perante o conflito criado por Vladimir Putin. Lula tem sido, desde o início, ambíguo. Não quer falar da violação da lei internacional, cometida pelo seu amigo Putin. Fala de paz, o que é uma boa ideia, mas não acrescenta que só deixará de haver guerra quando o presidente russo perceber que tudo depende dele.

O Presidente Lula também acha que não deve apoiar a Ucrânia na defesa da sua integridade. Tem munições que fazem falta aos ucranianos. Mas quando lhe levantam a questão, põe a Ucrânia no mesmo pé que a Rússia e não faz a distinção que deve ser feita entre o agressor e o agredido.

Foi pena que o jornalista responsável pelo telejornal não dispusesse de tempo para levantar uma ou duas questões sobre este assunto que eu trouxera para cima da mesa. E que interessa aos portugueses, estou certo.

Não se podem comparar crises muito diferentes

https://www.dn.pt/opiniao/da-crise-brasileira-ao-perigo-global-iraniano-15646632.html

Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. No essencial,  a mensagem é simples: a crise brasileira é, acima de tudo, um grave problema nacional, de política interna; enquanto a crise iraniana tem uma dimensão internacional e é um perigo para a paz na região e para a segurança de vários países. 

O Brasil e o resto

Ontem, tive a oportunidade de comentar os acontecimentos que estavam o ocorrer em Brasília em directo, num dos canais de televisão. Sublinhei os enormes desafios que o Brasil enfrenta, na frente doméstica sobretudo. Mas também mencionei que a América do Sul está, neste momento da sua história, em crise profunda. O Brasil é apenas um caso, embora o mais importante, tendo em conta a dimensão do país. E uma das grandes causas dessas crises reside nas imensas disparidades sociais que definem a paisagem sociológica de cada um dos países. Assim, acima de tudo, o trabalho político de Lula da Silva e de outros é o de reduzir essas enormes desigualdades. E de proteger os mais fracos, incentivá-los e fazê-los acreditar no futuro da sociedade a que pertencem. É uma tarefa gigantesca.

 

Lula da Silva e um Brasil cheio de problemas

Lula da Silva foi hoje investido como presidente da República do Brasil pela terceira vez. Fez um excelente discurso inaugural. Mas herda um país cheio de problemas, numa região – a América do Sul – onde quase todos os países estão em crise. É uma vizinhança difícil.

Também é verdade que o Brasil tem um potencial enorme. Mas está profundamente dividido em termos de níveis de vida, de escolhas políticas e de classes sociais. Além disso, encontra-se profundamente endividado. As finanças públicas conhecem um défice astronómico. E as novas políticas sociais, prometidas pelo Presidente, irão aumentar consideravelmente a dívida pública, excepto se houver uma reforma fiscal profunda, o que me parece muito difícil de conseguir, tendo presente que metade do país é contra.

Mais ainda, é um país extremamente inseguro e violento. A resolução das questões relacionadas com a segurança dos cidadãos deve ser uma prioridade. O novo presidente não a mencionou, mas estou certo de que compreende a gravidade da situação.

Não vai ser fácil governar o país.

Cuba e os EUA: um erro americano

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou hoje mais uma resolução sobre a necessidade de pôr termo ao embargo económico, comercial e financeiro que os EUA têm em vigor contra Cuba. 185 países votaram a favor da resolução, incluindo todos os Estados membros da União Europeia. Apenas os EUA e Israel votaram contra a resolução. O Brasil e a Ucrânia abstiveram-se.

Há 30 anos que a AG pede o fim do bloqueio. Mas Washington não ouve a comunidade internacional, quando se trata de Cuba.

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