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Crescemos quando abrimos horizontes

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Um G20 sem a China, vale quanto?

G20: a ausência de Xi Jinping é um alerta (dn.pt)

Este é o link para a minha crónica de hoje, publicada no Diário de Notícias. A não comparência do líder chinês parece mostrar que já entrámos na nova ordem política internacional. 

Cito de seguida umas linhas do meu texto: 

"Os dirigentes indianos varrem para debaixo do tapete essa ausência. Ao reagir assim e ao sublinhar que o primeiro-ministro chinês Li Qiang estará presente, estão a proceder da maneira que é diplomaticamente apropriada. Mas isso não esconde certas evidências fundamentais. As disputas fronteiriças e a concorrência geoestratégica entre ambos os países. As críticas de Beijing à aproximação cada vez maior entre Nova Delhi e Washington. E o facto de não haver acordo sobre o texto do comunicado final da reunião, no que respeita à agressão injustificada e sem-fim da Rússia contra a Ucrânia. A China não quer entrar nessa discussão, apesar de pretender ser o líder da nova ordem internacional. Ora, liderar é ser capaz de mostrar o caminho do futuro e não cair na prática que tem sido tão habitual na cena internacional, a dos dois pesos e das duas medidas."

Putin não pode sair de casa

Finalmente, Vladimir Putin  anunciou que não estará presente na próxima cimeira dos BRICS, que terá lugar a partir de 22 de agosto, na África do Sul. Foi um grande alívio para os sul-africanos que não queriam de modo algum uma visita desse género, e uma prova clara que o presidente russo tem poucas hipóteses de viagens internacionais, depois da acusação formal do Tribunal Penal Internacional. Putin entende agora de maneira mais clara o que significa ser um pária na cena internacional. 

Notas do dia

11 de junho de 2023

Sobre a NATO:

A contraofensiva não chega para levar a negociações entre as duas partes.

Conseguir resultados com a contraofensiva antes da cimeira.

O conflito acabará por ultrapassar as fronteiras da Ucrânia.

Não se prevê nenhuma mudança de liderança política em Moscovo.

Não há entendimento possível com Vladimir Putin.

As sanções contra a Rússia não chegam para alterar o jogo político.

Um mundo novo: as superpotências perdem peso relativo; há novas superpotências na mesa de xadrez; há novas alianças. As relações de força voltam a ser o factor determinante.

Um acordo de parceria sólido entre a NATO e a Ucrânia. Que resista a mudanças de governos.

Sobre a UE:

A adesão à UE terá um efeito moral muito positivo sobre a Ucrânia.

Terá igualmente um impacto sobre a a atmosfera política que existe no seio da população russa.

A visita de seis chefes de Estado africanos a Moscovo e a Kyiv:

Liderados pela África do Sul, um dos BRICS.

O fornecimento de armas pela África do Sul aos russos e a querela com os EUA sobre esse assunto.

A delegação não inclui a NIG, o KEN, os PALOPS, a Comissão da UA.

Agenda discutida com Xi Jinping. Mas não com os Europeus nem com os EUA.

A Rússia tem muitos amigos em África.

 

 

 

A entrada no Ano Novo

https://www.dn.pt/opiniao/olhar-para-2023-de-modo-diferente-15605739.html

Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. Insisto em dois pontos, quando olho para 2023: pensar numa nova maneira de fazer a gestão da paz e obrigar a Rússia a assumir as suas responsabilidades; lembrar que temos de trabalhar diplomaticamente com a China, com muita habilidade e tendo bem presente os interesses de cada parte. 

Cito umas frases do texto de hoje: 

"Mais, o prolongamento da campanha russa traz consigo o risco, acidental ou deliberado, de pegar fogo à Europa Ocidental e mais além. Razão muito forte pela qual este tem de ser o ano de uma iniciativa de paz, liderada pelos europeus e em colaboração com os EUA e a China, entre outros.

 

Sim, com a China, mas não com os BRICS, que são uma estrutura cheia de problemas internos -- Brasil, África do Sul -- e de rivalidades entre a Índia e a China. E o relacionamento com a China não prejudica necessariamente a aliança entre os europeus e os norte-americanos, nem contradiz o apoio que temos o dever de continuar a fornecer à Ucrânia. A complexidade do conflito exige uma maneira criativa de intervir na sua solução."

G20 e o futuro: garantir uma maior representação da cena internacional

https://www.dn.pt/opiniao/o-g20-como-um-modelo-para-o-conselho-de-seguranca-de-amanha-15000602.html

Este é o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. 

Cito, de seguida, um pequeno parágrafo desse texto. 

"Na verdade, o meu propósito é o de sublinhar o potencial que existe ao nível do G20. Esta é a única organização, para além do sistema das Nações Unidas, que consegue reunir os poderosos do Norte e do Sul. Deve, por isso, ser vista como uma boa aposta em termos de colaboração política e económica internacional. E hoje é fundamental que se volte a falar de cooperação e complementaridade, face aos desafios que todos enfrentamos. Os líderes devem sair dos discursos meramente antagonistas."

A cimeira dos BRICS

Teve lugar em Beijing, na quinta-feira e ontem, a cimeira de 2022 dos BRICS: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Curiosamente, uma das promessas inscritas na declaração final é sobre o respeito pela lei internacional. A Rússia é certamente um país que não tem qualquer problema em afirmar a sua adesão a esse princípio. Tem, no entanto, sérios problemas quando se trata de o respeitar. 

Sobre os BRICS, uma aliança de interesses diversos

O texto que publico na Visão desta semana está agora disponível no site da revista:

 

http://visao.sapo.pt/brics-com-fraco-cimento=f720616

 

A minha tese fundamental é que os BRICS constituem, entre si, uma aliança pouco sólida. Os diferentes países têm interesses estratégicos muito distintos.

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