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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

O Costa dos impossíveis

António Costa demonstrou ter uma capacidade rara para conseguir o que parece impossível em política. Veja-se. Qualquer observador imparcial diria que seria impossível ver o PS perder as eleições. António Costa conseguiu perdê-las. Agora, dir-se-ia que uma aliança de governo com o PCP seria pura e simplesmente impensável. Seria uma união da pequena burguesia que o PS representa com os órfãos de uma época que já não conta para o futuro.


Ora, António Costa acaba de passar uns bons momentos com os dirigentes do PCP e, no final, disse que talvez seja possível chegar a um acordo. O homem acredita, de facto, no impossível e tem jeito para perder tempo e procurar moinhos de vento. Ou então, anda lançado numa fuga para a frente, que a realidade que o rodeia é bem dolorosa.


Só que, nos tempos que correm, até o absurdo se torna possível. Não convém, por isso, nesta fase, dizer que dessa água não beberei.

Um homem cinzento

 

Um dia de Outono, em Lisboa, nestes 99 aniversários da República.

 

O cinzento do comentário maldoso foi da autoria do Chefe Primeiro, que espetou uma farpa azeda no homem de Belém, ao dizer que a tradição exige que se vá aos Paços do Concelho, quando se comemora a implantação.

 

Os políticos grandes têm grandeza de espírito. Os boxistas da política, por seu lado, tentam aproveitar todas as oportunidades para dar uns murros. O povo, por sua vez, confunde murros com agilidade e argúcia. Gosta do espectáculo da porrada. Apoia.

 

Estamos no mau tempo de uma maralhada pequenina. Ou, como diria o outro, há tempestade no Mar da Palha.

Portugal em crise

 

Depois do enfraquecimento do governo, tivemos hoje a confirmação do enfraquecimento da Presidência. Sem falar, claro está, na pouca qualidade da maioria dos novos deputados.

 

 À crise económica junta-se agora a crise das instituições da República.

 

Preocupante.

 

É tempo de dar a primazia aos interesses do país. Ultrapassando as questões pessoais e os egos ofendidos ou vingadores. Atacando os verdadeiros problemas, da economia, da justiça, da educação, da pobreza e da segurança.

 

 

O moço de recados

 

O discurso do Presidente da República de 17 de Abril, na altura da abertura do 4º Congresso da Associação Cristã de Empresários e Gestores, vale a leitura. É franco e claro, não um somatório de recados como o outro senhor o quer fazer crer, fala do Portugal das injustiças, dos problemas estruturais,  da necessidade de uma política de verdade, solidária e que promova a coesão social.

 

O moço de recados não gostou. É que a franqueza não dá muito jeito em matérias de política partidária. Para um partido de poder, tudo tem que ser rosa e brilhantemente positivo

As lealdades institucionais

 

Esta fotografia reflecte o estado das relações entre as instituições de soberania portuguesas, após o grave episódio do estatuto dos Açores. Da' seguimento  'a  declaração, responsável e acima da média,  que o Presidente fez esta noite ao País. Esconde, algures, e sempre em parte incerta, a irresponsabilidade dos nossos dirigentes partidários.

 

 

Ilustra  também o estado da política em Portugal. São só ramos secos, a apontar para direcções perdidas.

 

 

 

Copyright V. Ângelo

 

 

 

 

Depressões

As imagens do telejornal de hoje cansaram a vista e o cérebro. Poderiam mesmo ter levado a depressões graves.

 

O Procurador-geral da República veio dizer que Portugal não está preparado nem tem condições para investigar os crimes financeiros. A alta finança está fora do alcance da lei, é a interpretação. Os meios existentes são, segundo deixou entender, os que serviam para combater o crime na pré-história que antecedeu, há vinte anos, a internet. E o senhor diz isto como se estivesse a contar-nos as peripécias de uma viagem recente às Berlengas, num dia calmo de Verão.

 

A famosa Assembleia da República votou o Estatuto dos Açores, com o CDS a juntar-se ao PS, com a clara intenção de ajudar o PS a afundar-se numa confrontação institucional com o Chefe de Estado. O PSD absteve-se, quando deveria ter votado contra. Teria sido coerente com a sua convicção de que o diploma contem disposições inconstitucionais e com o facto das suas propostas de alteração dos artigos 114 e 140, propostas que respondiam às preocupações expressas pelo Presidente, não terem sido aceites.

 

E depois, houve a votação estranha e que caiu como um cabelo na sopa, em que os Deputados retiraram aos emigrantes o direito ao voto por correspondência. Deve ser por causa do custo das franquias e dos selos dos correios.De facto, esta crise não tem limites.

O senhor das primeiras habilidades apareceu então a falar no "Cabo das Tormentas". Interessante comparação, pois quem conseguia ultrapassar o Cabo nas cascas de nozes que eram as nossas caravelas de então, fazia-o muito enjoado e a dizer muito mal da sua vida. Os que sobreviverem a crise de 2009 não deixarão, também, de se sentir muito enjoados com tanta agitação e frenesim político, com as tempestades que os partidos gostam de fazer em chávenas de chá. E dirão muito mal de certos actores da vida pública. De facto, que tormenta que certos senhores conseguem ser.

 

Depois, apareceram aqueles cavalheiros, com ar próspero mas vestidos de tristeza, de cinzento e negro, preocupados com o estado de pouca graça do BPN, a chorar os fundos perdidos. As câmaras ainda procuraram o conhecido Conselheiro de Estado, mas o homem anda agora noutras andanças. Deve estar em Marrocos, à procura da credibilidade perdida, como quem busca uma moira encantada.

 

Felizmente que tivemos direito  às imagens do almoço de Natal do PSD. Tudo gente fina, embora muitos deles andem sempre de faca na liga, à espera da primeira oportunidade para poderem assassinar a líder. Lá estava o Pedro, na mesa de honra, que os felinos políticos têm sete vidas e muitas faces. Mas são perigosos, como todos os animais selvagens.

 

Logo de seguida veio aquele senhor muito intelectual de barbas, o pereiras mansas, dizer que com o Pedro candidato a Lisboa, ele, homem muito do PSD, não consegue apesar disso tragar a pílula amarga e vai exilar o seu cartão de eleitor para uma aldeia escondida, a pelo menos vinte léguas da capital, e continuar assim, com toda coerência que lhe parece coerente, a votar pela sua dama.

 

Nesta altura, e antes de entrar em parafuso, a melhor solução foi a de mudar de canal para a Al- Jazeera. Fugir não só à RTP, mas também à CNN ou à BBC, que estariam certamente a mostrar imagens horríveis sobre a crise da indústria automóvel, ou sobre a queda sem rede da Libra. Só que as imagens que estavam a passar no ecrã vindo do Golfo Pérsico eram as relativas ao colapso do Governo belga, por pressões indevidas sobre o sistema de justiça, no caso do Banco Fortis.

 

Há dias em que é melhor não ligar a televisão.

Portugueses na ONU

Na altura em que o Presidente faz valer a voz do nosso país na tribuna da Assembleia-geral, convirá lembrar que Portugal nunca apoiou de forma activa a presença de quadros portugueses na ONU. Quem hoje tem funções nos diferentes departamentos das Nações Unidas chegou lá pelo seu pé.

 

Ninguém sabe, no MNE, quem são e o que fazem os portugueses nas Nações Unidas. Não há ligação estruturada.

 

Talvez seja a altura de pensar na questão e passar a acompanhar os funcionários de nacionalidade portuguesa, tal como muitos outros governos o fazem há anos.

 

O exemplo mais flagrante de apoio e' o da Noruega. Oslo segue a carreira de cada um dos seus cidadãos, mantém-nos ligados ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, e facilita a transição da função púbica nacional para as Nações Unidas e vice-versa.

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