Vésperas de férias
Começou na Europa o fim-de-semana mais movimentado do ano. É a altura de partida de férias de muitos milhões de cidadãos europeus. E os próximos quinze dias são um período de afrouxamento da actividade económica. Esta é a normalidade de agora. E que não deverá ser destruída. Está profundamente enraizada na Europa, ao fim de cinco ou seis décadas de prática generalizada das férias pagas.
O Papa Francisco também anda em viagem. Por terras da Polónia. Mostra um ar muito cansado e preocupado. Os últimos tempos parecem ter pesado muito. Precisaria também de parar um pouco.
Quem deveria também ir de férias é quem anda a escrever asneiras sobre asneiras sobre as ameaças à nossa civilização ocidental. Não é um tresloucado de faca na mão que porá em causa a nossa maneira de viver, marcadamente laica e que não aceita que a política e a religião se misturem.
Aliás, depois das férias, talvez fosse bom voltar ao velho debate sobre a vocação ateísta e temporal de uma boa parte das populações europeias do presente. É uma tema que perdera a importância de outrora. Mas penso que está a necessitar de voltar à discussão pública.
Entretanto, boas férias…