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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

A crise chinesa

Xi Jinping sabe que multidões podem mover montanhas. Mas parece não saber que a repressão sistemática e dura não permite resolver o mal-estar social. E esse mal-estar é hoje bem visível nas ruas de muitas cidades chinesas. Os cidadãos estão fartos das restrições e da polícia. E sabem que noutros países as coisas não se passam assim. Sabem que a Covid-19 não é combatida com controlos a cada cem metros e medidas de isolamento que são um puro exagero, decisões extremas que resultam da maneira de raciocinar de líderes ditatoriais e de um sistema que põe a repressão acima de tudo, como se fosse a resposta a qualquer problema social.

É um regime que esconde as falhas pela força. Isso, combinado com o volume da população, faz desse regime um regime fraco, que um dia acabará no caos.

Os elementos de grandes crises andam por aí

Temos actualmente muitos dos ingredientes que combinados podem levar a crises profundas, quer ao nível nacional quer internacional. Ainda não saímos da pandemia da Covid-19. Os desafios em termos de saúde pública são enormes. Temos a guerra na Ucrânia, devido à agressão russa. Vários países estão a enfrentar uma situação de insegurança alimentar. Outros, vêem os preços dos alimentos e de outros produtos essenciais aumentar desenfreadamente. As cadeias de abastecimento e de circulação dos componentes industriais têm rupturas frequentes. Muitos países, incluindo a quase totalidade dos países desenvolvidos, estão endividados de modo insustentável, o que põe em causa o futuro das próximas gerações. Os preços dos produtos energéticos estão a torná-los inabordáveis para toda uma série de países.

Os primários também têm direito de se manifestar

O negacionismo e os movimentos contra a vacina da Covid dão espaço aos frustrados da vida, aos primários radicalizados e violentos para se mobilizarem. Não devem, no entanto, ser impedidos de se manifestarem, desde que tais manifestações respeitem as normas democráticas, a propriedade alheia e a livre circulação dos outros cidadãos. Quando isso não acontece, e a opção que tomam é a da violência, do bloqueamento das vias públicas, da agressão às autoridades responsáveis pela manutenção da ordem e das liberdades de todos, a resposta deve ser firme. E ter consequências criminais.

Assim aconteceu ontem em Paris. E assim está já a acontecer em previsão da manifestação de amanhã em Bruxelas. No caso belga, a polícia previu o encaminhamento das viaturas dos manifestantes para o enorme parque de estacionamento do Heysel, que dispõe de 10 mil lugares à entrada da cidade. A partir daí, os manifestantes terão que utilizar os transportes públicos para chegar ao local de concentração. Ou seja, poderão manifestar-se, mas não estarão autorizados a bloquear a cidade com os seus veículos. É uma medida equilibrada. E um bom exemplo.

Véspera

O bom do dia anterior às eleições é não haver propaganda. É uma espécie de dia de repouso e ainda bem. De reflexão não será. Num acto eleitoral como o presente, poucos serão os eleitores que ainda precisam de reflectir. A decisão está tomada há bastante tempo. As campanhas pouca influência têm sobre essa decisão. A única decisão que resta, para alguns, é sobre a participação na votação ou a abstenção. À vista dos números das infecções, e dos confinamentos, é provável que a abstenção prejudique sobretudo os partidos moderados. Veremos.

Macron, a forma e o conteúdo

Estou de acordo com o Presidente Macron, quando crítica severamente quem se recusa a ser vacinado. Acho que essa recusa é uma irresponsabilidade e um acto de estupidez. Mesmo quando se apresenta como uma rebeldia e uma defesa da liberdade individual. Discordo, no entanto, da palavra que utilizou para resumir a sua posição. Um líder nacional, e mais ainda, um Presidente da República, não pode descer ao nível da vulgaridade. Quando o faz, é a vulgaridade que é objecto de debate público e não o conteúdo da mensagem.

Em política é fundamental saber-se comunicar. E a boa comunicação visa a mudança de comportamentos, a adopção das políticas que nos parecem mais adequadas e a denúncia das posições erradas ou irrealistas. Deve ser simples, fácil de entender, mas manter um certo decoro e educação. Caso contrário, a mensagem acaba por se perder. E estar-se-á a dar a oportunidade aos oponentes de se agarrarem à forma, ao superficial, e atacar assim o mensageiro.

Vacinar, não há outra saída

Perante os factos – a quase totalidade dos internados por motivos de Covid-19 são pessoas que não foram vacinadas – defendo todo o tipo de medidas que tornem a vacinação uma necessidade para quem se quiser mover nos locais públicos.

Esta é uma questão que ultrapassa largamente a vontade individual, por ter enormes repercussões sobre o funcionamento dos serviços de saúde e prejudicar grandemente os doentes com outras enfermidades. Quando o interesse público está em causa, há que tomar as medidas necessárias para o defender.

A liberdade e a responsabilidade de cada um são uma equação que tem de estar em equilíbrio.  

A entrevista que dei ao DN (8)

A cooperação internacional tem funcionado no combate à covid-19, mostrando a importância de agências como a OMS?

A resposta à Covid-19 só será eficaz se houver um esforço global. A cooperação internacional tem de ser intensificada, porque muitos dos países das regiões menos desenvolvidas não têm nem os recursos nem a logística necessária para organizar eficazmente campanhas nacionais de vacinação. Intensificar a ajuda a esses estados é uma prioridade absoluta para obviar o aparecimento de mais variantes e pôr um termo à pandemia. Existe um mecanismo de cooperação vacinal estabelecido pela OMS desde abril de 2020 chamado COVAX. Esse mecanismo é a melhor maneira de chegar aos mais pobres do mundo. Deve ser apoiado sem reservas e com os meios adequados.

A entrevista que dei ao DN (7)

A pandemia está a mostrar qualidades de dirigentes e de sociedades ou, pelo contrário, revelou inesperadas fragilidades dos países?

Nunca se está verdadeiramente preparado para uma crise pandémica. Sobretudo para uma como a presente, que tem uma natureza global, um impacto profundo e que persiste ao longo de já mais de dois anos, e surge com novas mutações.

Apesar de tudo, conseguiram-se progressos muito rápidos na descoberta de várias vacinas eficazes e desde então foi possível produzir doses em quantidades astronómicas. Nos países mais avançados, as campanhas de vacinação desenrolaram-se bem, embora seja surpreendente ver a percentagem relativamente elevada de pessoas que ainda não se vacinaram, podendo fazê-lo, em países como os EUA ou alguns Estados europeus. Noutros países, as decisões de confinamento e os fechos de fronteira foram tomadas ao sabor da política de curto prazo e sem atender às recomendações da OMS.

O grande problema, no que respeita ao combate à pandemia, vive-se nos países mais pobres. A cooperação internacional é fundamental.

Os votos do início do novo ano

O Ano Novo acontece no meio de um clima de incertezas causado pela nova variante da pandemia. As filas frente aos centros de testagem, que começaram há mais de uma dezena de dias e que vão continuar, demonstram a ansiedade que existe, os receios, as interrogações. Muita gente à nossa volta está afectada ou em isolamento. Quem tem de viajar de avião não sabe, até ao último momento, se o poderá fazer.

Esta situação vai durar mais algum tempo. Um tempo indeterminado. Terá, muito provavelmente, um impacto psicológico sobre as pessoas, quer se tenha consciência disso quer não.

Em finais de Novembro, Jens Spahn, que era então o ministro da saúde da Alemanha, disse uma frase que resume bem os riscos existentes: “No final deste inverno, cada pessoa na Alemanha estará ou vacinada, ou recuperada ou terá morrido”. Este aviso, que na altura pareceu exagerado, tem hoje um significado mais fácil de apreender.

Infelizmente, ainda temos pessoas que não se querem vacinar. Neste primeiro dia de 2022, o melhor voto que posso fazer é que mudem rapidamente de postura.

 

Um fechar de página confuso e cinzento

Dir-se-ia que uma parte do país está na fila para fazer o teste da Covid. Este é um final de ano bem estranho. E fica ainda mais estranho porque o tempo está carregado de nevoeiros e de nuvens baixas. 2021 aproxima-se do fim de modo inglório. E anuncia um começo de Ano Novo confuso e perturbado.

Que impacto terá tudo isto nas eleições que se aproximam?

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