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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Eleições

http://visao.sapo.pt/opiniao/opiniao_victorangelo/2017-05-02-Inquietacoes-de-inicios-de-maio

Este é o link para o texto que hoje publico na Visão on line.

Escrevo sobre a eleição presidencial, a da França, primeiro. Depois, sobre a que terá lugar na Coreia do Sul, passados dois dias. E claro, sobre o tratamento a dar a Kim Jong Un, o ditador do Norte.

Mais umas notas sobre Schengen

 

Schengen

Numa sondagem tornada pública este fim-de-semana ficamos a saber que 71% dos franceses são favoráveis à suspensão temporária dos acordos de Schengen.

E 59% estão contra a repartição dos refugiados pelos diferentes países da UE.

Entretanto, a 4 de março, a Comissão Europeia preparou um Road Map, um plano para restabelecer Schengen.

Vai ser discutido na cimeira europeia de 18-19 de Março.

O objectivo é pôr fim aos controlos fronteiriços internos até finais de 2016.

Os Guardas-Fronteiras da UE deveriam estar operacionais este Verão. Será possível? A proposta de criação dessa força foi apresentada em Dezembro de 2015. Mas tem encontrado sérias reticências, por ter que ver com dimensões que dizem respeito à soberania de cada estado.

O restabelecimento das fronteiras internas teria um custo anual de pelo menos 5 mil milhões de euros, podendo certas estimativas chegar a €18 mil milhões anuais.

Entretanto, é fundamental apoiar a Grécia –700 milhões de euros nos próximos três anos – e proceder a um registo a 100% das entradas dos candidatos ao refúgio ou à imigração. Mas também é essencial que a Grécia aceite a criação de hotspots, dos centros de recepção. Vários dirigentes europeus têm-se queixado que o PM Tsipras não quis aceitar o estabelecimento desses centros de recepção, que tem dificultado a implementação desses centros, por ver a Grécia como um simples corredor de passagem.

E é igualmente essencial proceder à repartição dos refugiados já aceites. Aqui encontramos vários países que se opõem a essa repartição, que foi aprovada há cerca de seis meses.

A questão migratória não vai acabar com a UE. Encerra, todavia, vários riscos imediatos e de longo prazo para a Europa. Não pode ser vista de modo ligeiro nem é apenas uma questão humanitária.

Dentro de quatro meses, a Eslováquia toma a direcção rotativa da Europa, uma Eslováquia que sai de umas eleições inconclusivas e que além disso é contra a aceitação dos refugiados. Foi esse o tema principal da campanha eleitoral do PM Robert Fico.

Para além das armas

Quando me reformei da ONU, recebi dois ou três convites, um deles para colaborar, de tempos a tempos, com a NATO. Desde então, participei em vários exercícios.

Esta semana estive noutro, na Noruega. E de repente apercebi-me que era o “avô” da coisa, o consultor mais velho.

Já tinha acontecido o mesmo noutras ocasiões. Mas como existe uma tradição de respeito pela idade e pela hierarquia, a minha velhice é aceite. Só que isso não chega. É preciso dar um contributo que valha a pena. Devo dizer que a experiência que tenho das relações internacionais, numa perspectiva civil, é apreciada. Quem manda nestas coisas de militares, na Aliança Atlântica, sabe que no mundo de hoje há vantagem em ter uma visão mais lata das questões de segurança e da resolução das crises. As armas são apenas um instrumento num painel muito mais vasto de opções. O painel é bem vasto, aliás.

Espero que os combatentes na Ucrânia se lembrem disso esta noite. O cessar-fogo, com início marcado para o meio da noite, é um primeiro passo para uma resolução, mais ou menos demorada, de uma crise profunda e bem complexa. Mas tem que ser posto em prática. Se não houver cessar-fogo estaremos perante um novo patamar de instabilidade. Não apenas na Ucrânia, diga-se com clareza.

Massacres e crise nacional

Há vinte anos que começou o genocídio no Ruanda. E, umas semanas depois, fui enviado para a Tanzânia, como representante da ONU. No rol das minhas atribuições estava a coordenação da recepção das centenas de milhares de refugiados Hútus que iam chegando à Tanzânia e o acompanhamento político da crise, do meu lado da fronteira. As imagens de multidões de refugiados que fugiam a pé do Ruanda, dos massacres e da chegada ao poder dos rebeldes Tutsis ficaram para sempre gravadas na minha memória.

 

Uma vez levei a minha filha mais nova, que na altura tinha catorze anos acabados de fazer, para a zona, a muitas horas de voo de Dar-es-Salaam. Aconteceu que nesse dia o rio Kagera, que corre do Ruanda para a Tanzânia, estava a trazer um número elevado de corpos de vítimas dos massacres. Gente que havia sido assassinada e lançada às águas do rio. A dada altura, fui dar com a miúda a observar a pesca macabra que era o retirar da corrente esses cadáveres mutilados.

 

Aprendeu-se muito na altura. Mas quero apenas lembrar uma das lições, que sempre me vem à memória: o medo e ódio pelo outro podem, numa situação de crise nacional profunda, transformar vizinhos pacíficos em criminosos selvagens e cegos, capazes de tudo. Ali, como noutras partes do mundo.

 

Em concorrência com as galinhas

Um dos exercícios em que estou empenhado terminou hoje. Depois de passar uma semana num cenário imaginário de crise, numa região de um outro continente em que estas coisas acontecem, voltei hoje, ao fim do dia, a poder passear nas ruas de Riga como um turista.

 

Vai ser Sol de pouca dura, pois no Domingo será iniciado um outro exercício, também à volta de uma crise nacional profunda agravada pela interferência dos países vizinhos. Tudo num cenário fictício mas construído peça a peça, um investimento enorme, de modo a fazer com que a ficção fique o mais próximo possível da realidade que existe nalguns cantos do mundo.

 

Estes exercícios são muito exigentes, em termos da sua execução. E o da próxima semana vai ter como participantes algumas das melhores cabeças que por aí andam, neste tipo de matérias. O que torna o desafio ainda mais interessante.

 

Entretanto, amanhã e Domingo vão ser os únicos dias em que não vai ser preciso acordar muito antes das galinhas.

 

 

Argélia

O ataque contra um campo de extracção de gás na Argélia, propriedade da BP, e o subsequente rapto de um número ainda indeterminado de estrangeiros que trabalhavam nessa base estão a deixar muitos governos profundamente preocupados. É um acontecimento de grande gravidade, que pode ter um impacto enorme no fornecimento de gás ao Sul da Europa e levar também a uma quebra significativa da produção de petróleo na Argélia e na Líbia. Pode igualmente fazer diminuir as receitas do governo da Argélia, numa altura em que a paz social é comprada todos os dias, pelos dirigentes desse país, com o dinheiro proveniente da exploração do petróleo e do gás. Se esses fundos falharem, a probabilidade de uma revolta social nas cidades argelinas é enorme.

 

Tudo isto precisa de ser monitorizado com muita atenção. 

Ao Domingo, em Agosto

Creio que ainda há por aí gente que imagina que a retoma e a saída da crise podem acontecer por milagre. Como também há quem acredite que os alemães e os espanhóis querem tomar conta de nós. Ou quem não entenda que a criatividade, o trabalho, a disciplina e a abertura ao mundo são as chaves para que possamos sair da pobreza. 

Em frente, claro, que a Síria deve ser levada a sério

Os veto russos e chinês, no Conselho de Segurança da ONU, continuam a suscitar uma onda de indignação. Melhor dizendo, um tsunami. Sobretudo por que todos os outros membros do Conselho votaram a favor da moção condenatória do regime criminoso de Bashar Al-Assad. 

 

A partir de agora, as opções são claras: ou vamos continuar a negociar com os russos e os chineses, nas esperança de os convencer a mudar de opinião; ou organizamos uma coligação de países árabes e de estados ocidentais, capaz de apoiar, à revelia do Conselho de Segurança e de um modo activo, as forças de oposição. 

 

Que preferem?

 

Virado

Amanhã, muito cedo, estarei a caminho de Lisboa, para contar a minha experiência de cooperação entre a ONU e a UE, em matéria de gestão de crises civis e militares. À noite, regresso à base de Bruxelas. O único problema é que a minha neta me passou um vírus que mal me deixa andar. Voar será, no entanto, outra coisa, espero.

As Coreias e o fogo

 

 

Quem esteja interessado pela crise das Coreias, e tenha a pachorra necessária, pode ler o texto de opinião que publiquei este Sábado sobre o assunto. Foi impresso no Jakarta Post, o diário mais importante, em língua inglesa, que se publica na Indonésia. Está disponível no sítio:

 

http://www.thejakartapost.com/news/2010/12/04/conflict-korean-peninsula.html

 

 

 

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