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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Reflectindo sobre a cimeira da NATO

A cimeira da NATO e as suas complexidades (dn.pt)

Assim se intitula o texto que hoje publico no Diário de Notícias. 

Cito umas linhas: 

"Nesta mesma linha de ideias, uma das conclusões que se deve tirar da cimeira é que a Europa precisa de reequilibrar a Aliança. Os EUA continuam a ser determinantes dentro da NATO. Têm 70% da capacidade militar existente e meios que não estão disponíveis no seio das Forças Armadas europeias. A dependência da Europa em relação aos Estados Unidos, uma dependência com várias facetas, desequilibra a organização."

Sobre a cimeira da NATO

Uma das conclusões que se deve tirar da cimeira da NATO, que continua amanhã, é que a Europa precisa de reequilibrar a Aliança. É evidente, mesmo sem ser necessário chegar ao termo da cimeira, que a Europa da defesa pesa muito pouco na balança.

Com mais de 70% da capacidade militar existente e com meios que não estão disponíveis no seio das forças armadas europeias em quantidade suficiente, a dependência em relação aos Estados Unidos é enorme. É, na verdade, determinante.

Se no futuro os EUA decidirem retirar-se da NATO, mesmo parcialmente que seja, os europeus ficarão numa situação de grande vulnerabilidade. Por isso, quando se fala da Europa da Defesa não se está a tentar promover uma alternativa à NATO. Estamos, sim, a sublinhar que é fundamental criar um mínimo de condições militares, no interior da Aliança, que permitam continuar a garantir a soberania, a liberdade e os direitos humanos da nossa parte da Europa.

Os dilemas da Inteligência Artificial

A discussão sobre os progressos e os perigos da Inteligência Artificial anda muito acesa. Fala-se mesmo no “dilema da IA”. E eu confesso que não entendo qual é esse dilema. Serão, na realidade, vários, ou seja, toda uma série de desafios que irão alterar a maneira como certas profissões serão exercidas, que terão um impacto sobre a estrutura das classes sociais e o novo desenho das pirâmides sociais, e que porão em causa a defesa da soberania dos países que não avançarem rapidamente nas tecnologias e linguagens que permitirão gerir as armas, os sistemas cartográficos, a identificação dos alvos, etc, etc. A verdadeira corrida entre as superpotências decorre aí, na área da defesa, mas não só. A tecnologia de ponta permitirá desenvolver economias mais avançadas, ganhar a corrida do bem-estar e do lazer.

Olaf Scholz

O discurso que o Chanceler alemão, Olaf Scholz, pronunciou ontem no Bundestag, o Parlamento federal, foi memorável. Constituiu uma viragem histórica, no que respeita a política externa da Alemanha. Se os analistas não estivessem inteiramente focados na crise ucraniana, estariam agora a comentar o que Scholz disse. E também sublinhariam que o líder da oposição, da CDU de Angela Merkel, apoiou sem reservas o que o Chanceler social-democrata anunciou. Ou seja, a quase totalidade dos representantes políticos ao nível federal aprovou as novas orientações em matéria de política externa.

Um dos aspectos mais relevantes é promessa de, a partir de agora, investir na modernização e na eficácia das forças armadas do país. É a famosa questão dos 2% do PIB serem gastos na área da defesa. Um outro aspecto refere-se a investimentos no domínio da energia, de modo pôr um ponto final à dependência em relação à Rússia. Lamentavelmente, no entanto, a nova política energética assenta na expansão da importação de gás liquefeito – para isso serão construídos dois novos portos especialmente apetrechados – e na revisão das decisões que levaram ao fecho das centrais nucleares.

Muito do que disse teve como pano de fundo a ameaça que Vladimir Putin representa. Muito especialmente, a agressão contra a Ucrânia.

 

A falar é que Biden e Putin se podem entender

Um primeiro comentário sobre a discussão por videoconferência que hoje teve lugar entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia deve ser positivo. Por várias razões: por ter tido lugar; pela duração, foi uma conversa 2 horas, o que revela interesse de parte a parte; e por ter permitido debater outros temas para além da questão central que é situação à volta da Ucrânia. Os outros temas discutidos incluíram as negociações nucleares com o Irão, a pirataria cibernética bem como o chamado diálogo sobre a estabilidade estratégica, uma designação obscura, mas que aborda matérias bem concretas, como por exemplo o controlo da corrida aos armamentos ou ainda redução das crises entre ambos.

A Rússia, a Ucrânia e o nosso lado

O encontro de hoje entre os chefes das diplomacias americana e russa foi um passo positivo no sentido do abrandamento das tensões existentes à volta da Ucrânia. 

O antagonismo entre o ocidente e a Rússia conhece agora um pico por causa da concentração de um elevado número tropas russas junto da fronteira oriental da Ucrânia. Um destacamento dessa magnitude pode ser interpretado de duas maneiras. Ou se trata de fazer pressão política sobre os adversários, neste caso sobre o governo da Ucrânia e os países da NATO, para conseguir determinadas concessões – por exemplo impedir o aprofundamento das relações político-militares entre a Ucrânia e o Ocidente – ou então, como segunda hipótese, para preparar uma operação militar de grande envergadura.

De qualquer modo, estamos perante uma situação muito grave, com acusações mútuas e uma margem de manobra muito estreita. Se houver um erro de cálculo, de um lado do outro, a possibilidade de uma confrontação armada é real e poderá acarretar enormes consequências. É isso que se tem de evitar. 

Blinken e Lavrov são dois excelentes diplomatas, pessoas muito experientes e com uma grande inteligência. A sua reunião foi profissional e abriu uma janela de diálogo.

É agora fundamental que os dois presidentes se falem directamente E assumam a responsabilidade de desanuviar a questão ucraniana.

 A única via para um futuro de paz naquela região é o reconhecimento por todos que Ucrânia é um país independente, cujas fronteiras e política interna devem ser respeitadas, mas que terá de optar por uma situação de neutralidade, tendo em conta a sua geografia e a história. 

Quando se trata de vizinhos, a geografia e a história pesam imenso e têm de ser tidas em conta. A sabedoria dos líderes políticos passa por esse tipo de reconhecimento. Uma ruptura brusca com o passado pode acarretar reacções muito fortes, sobretudo se um dos vizinhos for a Rússia. Esse país tem uma ligação sentimental muito profunda com a sua história e ao mesmo tempo uma leitura das relações internacionais que vê ameaças que são mais imaginárias do que reais. 

As coisas sendo assim é preciso aceitar esse comportamento político como um factor importante e fazer tudo o que for possível para evitar mal-entendidos. Por outro lado, a Rússia enquanto Estado moderno tem de compreender que a independência nacional é uma questão essencial de soberania que deve ser escrupulosamente respeitada. 

 

 

Reflexões actuais

Duas breves notas políticas, tendo em conta a actualidade que se vive. Primeira: a ironia nem sempre é entendida. Pode mesmo acabar por ser utilizada contra quem a procurou utilizar. Em coisas sérias, como por exemplo em questões de defesa, é melhor ser-se claro e chamar os bois pelos nomes. Segunda: recuar, quando se tem razão, é sinal de fraqueza. Diminui a credibilidade do líder que assim procede. E a credibilidade é um bem precioso

Debates e diamantes

https://www.dn.pt/opiniao/as-missoes-de-paz-e-os-diamantes-14308209.html

Este é o link para a minha crónica de hoje no Diário de Notícias. Tem muito que ver com a actualidade portuguesa. 

Sublinho apenas a última frase do texto: " Uma pedrinha pode ter um impacto político enorme." Penso que a mensagem é clara. 

 

Os europeus andam à procura do Indo-Pacífico

https://www.dn.pt/opiniao/a-china-o-indo-pacifico-e-as-ilusoes-europeias-14177483.html

Aqui vos deixo o link para o meu texto de hoje no Diário de Notícias. 

Um dos meus leitores habituais disse-me que o texto está demasiado denso. Poderá ser. 

A verdade é que a designação de "Indo-Pacífico" é demasiado complexa, imprecisa e tem problemas muito distintos, sendo cada país um mundo à parte. Mas o mais significativo diz respeito à China. Quando em Beijing se ouve falar em "Indo-Pacífico" o que se compreende é que se trata de uma procura de alianças e portas de entrada na região, pelos americanos e agora também pelos europeus, tudo isso visando a China, numa tentativa -- vã -- de lhe fazer concorrência.  

Conspirações e mentes distorcidas

A cegueira partidária manifesta-se frequentemente. A seguir às autárquicas, houve quem dissesse “o meu partido perdeu votos, mas está cada vez mais forte”. Agora, que o ministro da Defesa parece ter metido os pés e pelas mãos, e depois do responsável pela associação de oficiais no activo ter dito que Cravinho é arrogante e não ouve ninguém, apareceu gente a dizer que a embrulhada foi uma conspiração do pessoal da Armada para embaraçar o governo e criar divisões entre António Costa e o Presidente da República. A querela pública entre o ministro das infraestruturas e o das finanças também deve ser uma conspiração. Só que não se percebe quem poderá ser o autor, a não ser que seja o António Costa para atrapalhar o primeiro-ministro. Tudo é possível, sobretudo nas mentes inventivas dos teóricos das conspirações.

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