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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

Migrações e acordos mínimos

Cada semana, traduzo para inglês a crónica de opinião que publico no Diário de Notícias. A tradução é feita em segundos, por meio de Inteligência Artificial, com recurso à aplicação gratuita DeepL. Depois, é polida por mim e divulgada através de várias redes sociais. A verdade é que a tradução que a DeepL produz é de boa qualidade.

O texto de ontem trata da maneira como a União Europeia responde às migrações vindas de fora do espaço europeu. A versão inglesa foi rapidamente difundida por plataformas que se dedicam exclusivamente à questão das migrações internacionais. O assunto faz parte da ordem do dia. O esforço que a Comissão Europeia está a fazer tem mérito.

Poucos acreditam que se conseguirá chegar a uma posição partilhada por todos os Estados-membros. No entanto, esse é o desafio. Tem que haver acordo. Esta necessidade de um acordo levará muito provavelmente à adopção de uma política altamente restritiva, com o acento principal no controlo das fronteiras exteriores da União. No meu texto digo claramente que essa opção será muito difícil de implementar. Os muros, as barreiras, as polícias não serão suficientes para impedir os fluxos em grandes números. A pressão demográfica, os conflitos, as faltas de perspectivas económicas, as desigualdades de nível de vida entre a União Europeia e as regiões vizinhas, tornam os movimentos migratórios inevitáveis. E geram grandes questões, que a Comissão terá que colocar em cima da mesa. Para já, deve ficar a ideia que as políticas de desencorajamento e de obstrução dos fluxos migratórios não resolvem o problema.

 

Sobre o Mali

O meu texto desta semana no Diário de Notícias, publicado da edição em papel de hoje, aborda a situação no Mali. É verdade que não se pode falar do Mali, sem mencionar o resto da região em que se insere, ou seja, o Sahel. Por isso, faço igualmente uma referência ao Sahel, aos problemas do crescimento muito rápido da população, à falta de perspectivas para os jovens, como também à corrupção e à ausência da presença da administração do estado em largos segmentos das terras da região. Uma outra preocupação foi a de mostrar que estes países não devem ser tratados com os preconceitos que são comuns quando se fala de África. E há mais, no meu escrito. A minha preocupação é a de apresentar uma visão de águia, ampla contextual, de cada assunto que trato. Outros acrescentarão visões mais pormenorizadas e mais terra-a-terra. Assim se enriquece o debate.

Logo que o texto esteja disponível – agora é “premium”, só para assinantes – colocarei o link neste blog.

No Alentejo

Estou, por uns dias, numa pequena localidade do Baixo Alentejo. Sede de concelho, numa zona agrícola que se modernizou muito nos últimos anos, deixa-me uma primeiro impressão: não há sinais de crescimento populacional, de aumento do tecido urbano. Não vejo bairros novos, mas sim, casas à venda e outras que devem estar fechadas há muito. A Câmara tenta cativar os residentes mas, à primeira vista, os mais novos saíram e a pirâmide de idades inclina-se para os de maior idade. Dizem-me que não há falta de trabalho nos campos, nas novas culturas comerciais, mas quem, nos grupos etários jovens, quer trabalhar na agricultura? Aparentemente, uma parte desses trabalhadores serão imigrantes.

Este é um Alentejo que se transforma, mas que, ao mesmo tempo, fica igual para muitos dos habitantes mais avançados na idade. Tem-se escrito e falado pouco ou quase nada sobre as mudanças que estão a ocorrer. Os sociólogos passam pelo Alentejo sem o ver.

Mais uma edição do Magazine Europa

Sob a coordenação de Hélder Beja, a jornalista baseada em Macau Catarina Domingues continua a ser a minha interlocutora semanal sobre questões europeias. Fá-lo com grande nível. Aprecio imenso a maneira como organiza o programa Magazine Europa e as questões que me coloca. Cada programa é um desafio.

Esta semana falámos novamente da Rússia e do caso Skripal, bem como sobre a Turquia, a natalidade, o aborto e a Igreja Católica na Polónia e ainda sobre o envelhecimento das populações europeias.

O link para o programa é o seguinte:

http://portugues.tdm.com.mo/radio/play_audio.php?ref=10207

Desafios a prazo

Na opinião de um conjunto de especialistas em geopolítica, os grandes desafios globais em 2050 serão, por ordem de importância, os seguintes:

  • Escassez de recursos naturais
  • Excesso de população
  • Extremismo violento
  • Guerras entre estados
  • Conflitos civis, no interior das fronteiras nacionais

O primeiro da lista, relativo aos recursos naturais, é o mais consensual. Quase metade dos especialistas consultados considera que se trata da questão central.

A sobrepopulação é vista com ansiedade por um quarto dos participantes na discussão.

As outras questões pesam menos na balança das preocupações.

 

 

África 2015

Publico, no primeiro número de 2015 da Visão, um número que já se encontra disponível, uma reflexão sobre África, usando a Nigéria como prisma e espelho de análise. Na verdade, o bom e o mau que se vive nesse país e as perspectivas para o ano que agora começa são uma excelente amostra dos problemas e das oportunidades que existem, neste momento, no continente africano.

Eis o meu texto:

 

África 2015: a Nigéria como espelho

Victor Ângelo

 

            Olhar em frente é um exercício arriscado, sobretudo nestes tempos de grandes incertezas, de sobressaltos inesperados e quando os problemas são muitos e variados. No entanto, se me perguntassem que país africano deveria estar no topo da agenda da comunidade internacional em 2015, responderia sem hesitações: a Nigéria. Haveria certamente outros candidatos, por motivos evidentes, estados do Sahel e da África Central, ou ainda o tripé do Ébola – Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa –, sem esquecer o Sudão do Sul, a Somália, ou mesmo o Zimbabué do eterno Robert Mugabe. Mas a Nigéria sobressai claramente, em termos das preocupações, dos riscos e do que deverão ser as prioridades para o ano que agora começa.

            Para começar, é o país mais populoso de África, com um total estimado de 173 milhões de habitantes. Tem, além disso, uma dinâmica demográfica excecional, que retrata de modo acentuado o que se passa em África. Segundo as Nações Unidas, os nigerianos deverão ser 440 milhões em 2050 e à volta de 913 milhões no final deste século. A Nigéria será assim, após a Índia e a China, a terceira nação mundial, em número de pessoas. Por detrás destes dados, está uma população extremamente jovem, urbana, cheia de vida e, na grande maioria dos casos, sem emprego para além da sobrevivência que as ruas e as atividades informais, tantas vezes fora da lei, permitem.

            É neste contexto que opera, em particular no nordeste do país, na secura das fronteiras com o Chade e os Camarões, a organização armada extremista Boko Haram. Em 2015, o combate contra estes terroristas deveria ser a prioridade securitária absoluta. Boko Haram vai procurar, ao longo dos próximos meses, consolidar a sua presença nos territórios que já ocupa. Irá, igualmente, executar toda uma série de atentados em massa, em vários centros urbanos da Nigéria, de modo a destabilizar ainda mais o sistema político vigente e a autoridade do estado. Poderá ainda infiltrar os países vizinhos, aproveitando-se das relações tribais que estão na sua base e que lhe dão força. Boko Haram é, na sua essência, um fenómeno de alienação tribal. Os acentos islâmicos são uma máscara política.

            O balanço que se pode fazer de 2014 é claro: o governo federal não possui os instrumentos necessários para lutar contra Boko Haram. Tive, recentemente, uma conversa com um antigo chefe supremo das forças armadas nigerianas. E fiquei ainda mais convencido que a Nigéria tem que aceitar uma coligação militar internacional para enfrentar o enorme perigo que Boko Haram representa, interna e externamente. Convém aqui lembrar que os EUA, segundo o compromisso anunciado pelo Presidente Obama em agosto de 2014, irão gastar anualmente 110 milhões dólares, este ano e nos quatro seguintes, no desenvolvimento e apetrechamento dos militares de seis países africanos: Etiópia, Gana, Ruanda, Senegal, Tanzânia e Uganda. Por razões que não foram divulgadas, a Nigéria, que bem precisa de uma parceria internacional, não faz parte da lista. Fica, por isso, um vazio que, no interesse de todos, deveria ser preenchido pela UE ou pela OTAN.

            Outro fator de instabilidade tem que ver com as eleições presidenciais, legislativas e regionais de fevereiro. Estamos a dois passos da ida às urnas, mas a preparação dos diferentes atos eleitorais está a ser obviamente insuficiente e enviesada. Assim se acrescentam achas a uma fogueira previsível. Para além do défice de seriedade da comissão eleitoral, as profundas e evidentes tensões entre o norte e o sul do país, a violência com base na pertença identitária e nas milícias a soldo de certos candidatos, a insegurança existente em vários estados da federação nigeriana, tudo isto pode transformar as eleições de 2015 numa tempestade por demais anunciada. Oxalá me enganasse. A verdade é que as novas autoridades, os vencedores da confusão que poderão ser as eleições, irão precisar de um nível inédito de credibilidade e legitimidade políticas. Não se trata apenas da resposta aos desafios de segurança. Com o preço do barril de petróleo a desvalorizar – a principal fonte de receita das finanças públicas –, o governo terá que tomar medidas de austeridade de grande alcance, com enormes custos ao nível do apoio popular.

            Em grande medida, a Nigéria reflete muito do que se passa em África. É um país rico, com um produto nacional bruto comparável ao da África do Sul, e, ao mesmo tempo, de grande pobreza, semelhante a outros, no Sahel e mais além. A sociedade é profundamente desigual, em termos de riqueza, de educação, de modernidade e de dinamismo. Tem gente que estudou nas melhores universidades do mundo, e são muitos, que nesse país tudo se mede em grandes números, como também tem cidadãos que não sabem soletrar uma palavra. É uma terra de ambição e de promessas imensuráveis, para alguns, um labirinto de desespero, para quase todos os outros. Se substituirmos o nome do país pelo do continente, não andaremos muito longe da realidade que se vive entre o Deserto do Sahara e o Cabo da Boa Esperança.

            Para nós, no nosso canto do mundo, nesta Europa onde se teima em não pensar em termos geoestratégicos e onde tantos crêem que estamos ainda nos anos oitenta do século passado, o aprofundamento de uma parceria honesta com a Nigéria e com outros em África é fundamental para fazer de 2015 um ano de viragem. Uma viragem que se impõe, aliás, como vital. O futuro de ambos os continentes tem muito em comum.

 

A agricultura e a cooperação com África

Texto que hoje publico na revista Visão:

 

Por uma África verde

Victor Ângelo

 

A edição “verde” é como um olhar sobre o futuro. Por isso, escrevo hoje sobre África. Começo por lembrar que sete das dez economias com maior taxa de crescimento económico são africanas. Após duas décadas, as de 80 e 90, de declínio acentuado do rendimento médio por habitante, África, no seu todo, tem conhecido um desenvolvimento sustentado na última dezena de anos. Este é o lado positivo da medalha. Do outro lado, a pobreza continua a ser a caraterística que marca o continente: perto de 70% dos africanos vivem abaixo da linha da pobreza. Esta situação é agravada por uma demografia acelerada. Quando se compara as regiões do globo, a taxa africana de crescimento populacional é de longe a mais elevada. África atingirá os 2 mil milhões de habitantes em 2050, o dobro do valor de agora. Convém ter presente que este crescimento tem uma dinâmica própria, imparável a curto prazo. Os 2 mil milhões serão uma realidade. Tornam, assim, o desenvolvimento de África uma exigência premente e absoluta, um dos maiores desafios para as próximas décadas. Não existe, porém, a compreensão que seria de esperar face à dimensão do problema. Ora, a questão diz respeito a todos, embora de maneira mais aguda aos africanos e aos povos que têm uma relação de proximidade com África. A Europa está manifestamente na linha da frente.

A verdade é que nós, os europeus, não parecemos estar conscientes do tsunami que se aproxima. Aceitamos que vistas estreitas definam o nosso horizonte. Vemos conflitos étnicos, naufrágios no Mediterrâneo, Sida e Ébola, Boko Haram e outros extremismos. Contamos uma dezena de Estados em crise. Ignoramos, no entanto, que existe uma quarentena de países que funcionam mas que são diariamente fragilizados pela explosão populacional e pelo caos das migrações internas para as megacidades.

A boa governação e a transformação económica são as respostas que a pressão demográfica exige. Deixemos de parte, por hoje, as questões da governação. Os decisores em matéria de ajuda, em Bruxelas, Londres, Washington ou Nova Iorque têm aliás, nos últimos vinte e cinco anos, prestado uma atenção desmesurada às dimensões da governação. A transformação económica, que passa por dar a prioridade ao sector energético e à agricultura – o tandem do desenvolvimento económico –, tem sido marginalizada. Mas falemos apenas de agricultura. Em África, o sector agrícola precisa de uma revolução. É preciso ir além das culturas de subsistência, que mantêm no limiar da fome cerca de 2/3 das famílias – estamos perante o único continente em que a produção de alimentos por pessoa diminuiu de modo significativo nos últimos cinquenta anos. E aproveitar os recursos: apenas 20% das terras aráveis são atualmente utilizadas.

Os programas de desenvolvimento e os orçamentos dos Estados africanos têm que voltar a colocar o enfoque na agricultura, investir na formação e nos meios de produção. O agricultor africano utiliza em média 10 quilogramas de fertilizantes por hectare e por ano. Na Índia, o valor ronda os 176 kg. Aos adubos há que juntar sementes de qualidade, irrigação, meios de controlo das pestes e de preservação das colheitas – conheci terras onde cerca de 40% do que era colhido acabava por se perder, por falta de condições de armazenagem, de frio e de acesso aos mercados. Tudo isto é possível. Basta haver vontade política, dar à agricultura a prioridade que nunca deveria ter perdido e pensar, acima de tudo, nas pessoas, na sua segurança alimentar e também na segurança, pura e simples, de todos nós.

 

Os novos portugueses

Apostar no aumento da taxa de natalidade é não ter em conta as razões que levaram as famílias portuguesas a ter, em média, menos filhos. Essas razões são fundamentalmente económicas, mas também resultam de mudanças fundamentais, de fundo, nos comportamentos das gerações mais jovens. As medidas que venham a ser tomadas pouco ou nenhum impacto terão na inversão da tendência para uma taxa baixa, inferior ao nível necessário para a substituição das gerações.

 

É mais fácil atrair novos imigrantes que mudar os comportamentos dos jovens portugueses. Uma verdadeira política demográfica terá que passar pela criação de um conjunto de atractivos à imigração de jovens provenientes dos países menos desenvolvidos do Leste da Europa, a começar pela Ucrânia.  É aí, desse lado da Europa, que iria buscar uma parte significativa dos “novos portugueses”.

 

Sem esquecer, claro, que uma parte importante do nosso défice demográfico provém da saída de jovens portugueses para o estrangeiro. Essa face da medalha tembém deve ser equacionada na nossa política populacional.

África Ocidental

Pessoa amiga fez-me chegar este texto, que faz referência uma pesquisa que publiquei, em 2007, com Rui Flores, sobre a África Ocidental. 

 

Creio que vale a pena recordar esse trabalho. Para isso, comecem por ver este artigo:

http://misosoafrica.wordpress.com/2012/05/30/solo-de-vez-en-cuando-el-narcotrafico-parece-preocupar-a-los-duenos-de-la-onu-de-la-ue-y-del-cplp/

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