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Vistas largas

Crescemos quando abrimos horizontes

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Crescemos quando abrimos horizontes

A culpa é dos outros

Este serão, Portugal volta às primeiras páginas dos meios de comunicação social internacionais. A preocupação com a situação financeira do nosso país volta a ser manchete. Entretanto, nós continuamos, alegremente ou não, a falar de querelas entre personalidades e de outras pequenas coisas, como se vivêssemos noutro planeta. Um planeta sem grandes vistas.

 

A viatura só ainda circula, apesar do depósito estar vazio, porque estamos numa descida.

 

Entretanto, os passageiros da viatura celebram a vitória do Porto. E, como de costume, dizem mal de todos e de tudo.

 

Como sempre, a culpa é dos outros. 

Bancos sem crédito

Sempre que passo na João XXI, aqui em Lisboa, penso na grande trafulhice que foi a construção da sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Aquele monstro do novo-riquismo saloio bem português custou uma fortuna, deve ter enriquecido uns compadres que estiveram ligados à sua construção, e vale muito pouco ou nada. Sempre acrescentei aos meus pensamentos que se amanhã o edifício fosse posto no mercado de imóveis, num mercado a sério, não haveria quem lhe pegasse. É um elefante branco. Ninguém, que tenha juízo, compra um elefante branco.

 

A realidade ultrapassou, agora, a ficção. A CGD assinou um contrato de promessa de compra com o seu próprio fundo de pensões. Ou seja, vai "vender" o monstro a si própria e além disso pagar renda. Está no Jornal de Negócios de ontem. É mais uma das iniciativas estranhas de um banco estranho. E depois, ainda se admiram quando a população não dá crédito algum ao sector bancário.

Homenagem aos políticos e às bananas

 

Copyright V. Ângelo

 

Numa aldeia com vista para o mar, a leveza dos políticos faz com que andemos todos às bananas. E ainda por cima, as cá do síto são de tamanho pequeno. Os políticos, esses, são gigantes.

Andar grego, de crise em crise

 

Há quem não queira ver. A crise fiscal grega está a entrar numa fase de aceleração. E o seu impacto na zona do Euro, que já é muito sério e tem provocado a perda do valor da moeda única em relação ao dólar dos Estados Unidos, ainda está por determinar. Que pode ser potencialmente devastador, não tenhamos dúvidas. Sem contar que estar a expor, de uma maneira evidente, a falta de união e de solidariedade que agora definem a Europa.

 

Ainda hoje, o senhor que está à cabeça do Banco Central Europeu veio negar o que é evidente. Diss, entre outras coisas, que não há risco de cessação de pagamentos, por parte da Grécia.

 

O meu texto da Visão, publicado esta manhã na edição impressa, sustenta o contrário.

 

O leitor tem a oportunidade de ler a minha tese no sítio on-line da revista:

 

http://aeiou.visao.pt/estamos-gregos=f554496

 

Que pensa?

Engasgado

 

Hoje a Gare du Nord foi a de Bruxelas. Fui comprar a minha passagem para o aeroporto Charles de Gaulle. Volto no Domingo a África.

 

Há muito que não entrava nesta Gare. Foi uma surpresa. Numa das alas laterais, dei com um dormitório de gente sem abrigo. Contei 19 "camas", alinhadas lado a lado, bem encostadas à parede exterior da estação, numa área que embora esteja ao ar livre, está protegida por um tecto de cimento. Algumas, de gente certamente mais abastada, tinham um colchão. A maior parte, eram de cartão e trapos, que a vida de um sem-abrigo não dá para grandes luxos.

 

Vi todas as idades. Jovens e velhos, lado a lado. Alguns estrangeiros, de aspecto, pelo menos. Ao fim do dia, por volta das seis e pico da tarde, os moradores, ou já estão na cama, ou andam por ali perto, no espaço público da estação, a casa de todos. O tempo estava ameno, o que convidava um ou dois grupos a uma conversa mais desprendida, antes da hora do deitar. De que falam pessoas nestas condições?

 

Como se trata de um acesso lateral, penso que as autoridades fingem que não vêem. Os utentes habituais sabem, por sua vez, que é uma zona que é preciso evitar. A miséria, mesmo quando nos entra pelos olhos, com a habituação, torna-se invisível. Mas, sempre convém passar ao largo.

 

Comprei uma sandes. Enquanto a mordia, surgiu, de repente, do meu lado esquerdo, um jovem de pouco mais de vinte anos de idade. Delicadamente, pediu-me que lhe desse um pedaço. Olhei-o de frente e vi a fome com rosto de pessoa. Insistiu. Fiquei engasgado. Perdi o Norte. Afastei-me, ao acaso.

 

 

Tempos muito graves

 

Estamos num momento de fractura do nosso sistema de governação. Tempos de muita gravidade. Os principais actores políticos portugueses entraram num novo patamar de descontrolo emocional, que provoca crises atrás de crises, pela simples razão dessas pessoas se odiarem. Em vez de discutirem ideias, lançam farpas. À força de as lançar, perdem o sentido da razão. Deixam de ser racionais. Tornam-se meros caceteiros em exercício na praça pública. Perde-se a noção do interesse do Estado. Esquece-se o que é essencial para melhorar a vida de todos nós e garantir o nosso lugar no Mundo, como Nação, numa cena internacional cada vez mais complexa. É o caos.

 

Há que ver a realidade como ela é. Com estes dirigentes, Portugal vai continuar a afundar-se. Não há outra solução. Estes protagonistas têm que sair do sistema.

Uma fé inacabada

 

Copyright V. Ângelo

 

A igreja de Sam Ouandja, na RCA, está por acabar. Algum missionário mais ousado deve ter passado pela vila e pensado numa construção sólida. Mas, nestas terras de violências, tudo é precário.

 

Mesmo as pessoas parecem estar por acabar. Como se faltasse acrescentar qualquer coisa à alma das gentes. Vive-se devagarinho, na esperança que as balas perdidas passem ao lado.

O chinelo português

 

Não vá o sapateiro além da sandália, como também não convém, a quem anda a coser as botas de cano alto do mundo, descer ao nível do chinelo...Mas, de vez em quando, tenho que fazer um pequeno comentário sobre a vida política portuguesa.

 

A "Face Oculta" é um mistério jurídico e uma desgraça política.

 

Do ponto de vista da justiça, temos aquele senhor pequenino, cheio de penugem nas orelhas e no nariz, uma prova viva que certos portugueses em situação de poder descendem directamente dos homens das cavernas, a opinar de uma maneira desastrosa sobre matérias em relação às quais deveria ser de uma competência exemplar. Um primitivo sem pêlo na venta. Do outro lado, muitos de entre nós, ao ver este tipo de desastres, de que o pinto da procuradoria é outro exemplo,  de gente que mesmo sem chegar a galo consegue estar no poleiro, muitos que somos levados a pensar que esta justiça está toda minada.

 

Politicamente, que buraco! Um primeiro que deveria perceber que isto não é uma questão técnica de justiça. É uma matéria em que a credibilidade, a pouca que ainda existe, está a ficar pelas ruas da descrença. Numa altura em que milhares de portugueses andam aos farrapos, dá-se mais uma vez a impressão que quem está na mó de cima canta sempre vitória, enquanto os nascimentos forem dando pintos e outros augustos trapalhões.

 

Tal como o tempo, é altura de alerta amarelo nas costas bravas da política portuguesa. 

Até que mude o vento. Mudará.

Moralidades e interrogações

 

De facto, quem pode compreender a votação em larga escala num candidato a presidente de câmara que foi reconhecido como culpado de actos criminosos e condenado, por um tribunal devidamente constituído, a uma pena maior de sete anos?

 

Será que uma boa parte da população pensa que os valores e os princípios não têm nada que ver com a vida política?

 

Para onde vamos?

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